Tribunal absolve líder dos Super Dragões e reverte decisão do IPDJ

Em causa está um cântico da claque num jogo de andebol, frente ao Benfica, que aludia à tragédia da Chapecoense
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O líder da claque do FC Porto Super Dragões, Fernando Madureira, foi hoje absolvido pelo Tribunal de Pequena Instância do Porto, que julgou o seu recurso à interdição de acesso a recintos desportivos.

O líder dos Super Dragões viu ser aceite o recurso que apresentou depois do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) o ter multado no valor de 2600 euros e ter ainda aplicado uma sanção de interdição de acesso a recintos desportivos durante seis meses.

O castigo foi aplicado na sequência de um cântico polémico dos Super Dragões - alusivo à Chapecoense - durante um jogo de andebol entre FC Porto e Benfica, realizado no Dragão Caixa, na última temporada. A provocação dizia "quem me dera que o avião da Chapecoense fosse do Benfica" e foi cantada durante o encontro disputado no Dragão Caixa, que terminou com a vitória dos 'azuis e brancos', por 30-27. A queda daquele avião provocou a morte a 71 pessoas.

Hoje, o Tribunal de Pequena Instância do Porto considerou que não foram reunidas provas de que Fernando Madureira tenha cantado ou incentivado o cântico, considerando "factos não provados", absolvendo-o, por isso, da pena decidida pelo IPDJ.

O líder dos SuperDragões assumiu-se satisfeito com a sua absolvição. "Foi feita justiça. Nos tribunais, não é como no IPDJ, não há palas vermelhas. As provas demonstradas em tribunal não deixam dúvidas nenhumas de que não entoei o cântico. Por isso, não esperava outra decisão. Desde o início que o processo estava inquinado. Se as pessoas do IPDJ fossem sérias, honestas e fizessem bem o seu trabalho, aquilo devia ter morrido logo à nascença. Só posso deduzir que o IPDJ, desde o início, tinha o intuito de me tirar dos estádios. Não sei porquê. Se calhar para beneficiar o Benfica", afirmou.

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