Três jogos de castigo para Palhinha, dois para Marchesín, Pepe e Tabata... para já
Incidentes no clássico da 22.ª jornada renderam vários processos. Pepe e Tabata alvos de processos, que podem resultar em suspensão de dois meses a dois anos.
João Palhinha do Sporting foi esta terça-feira castigado pelo Conselho de Disciplina da Federação (FPF) com três jogos de castigo, por ter dado uma "estalada" a um adversário [Marchesín], no final do clássico da semana passada (2-2), que acabou em confusão e agressões várias, como consta do relatório do árbitro João Pinheiro. Já Marchesín apanhou dois jogos. Pepe e Tabata estão suspensos preventivamente por dois jogos e alvos de processos com vista a castigos que podem ir de dois meses a dois anos de suspensão, segundo o Artigo 145.º do Regulamento Disciplinar da Liga.
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Mas vamos por partes. Nem todos os incidentes têm o mesmo enquadramento e por isso uns têm castigo imediato e outros não. O próprio comunicado da FPF refere isso mesmo. O Conselho de Disciplina decidiu punir João Palhinha (Sporting) com três jogos de castigo, por o considerar "culpado de conduta violenta", uma vez que "agrediu um adversário com uma estalada". O médio leonino foi ainda multado em 1530 euros. Já Agustín Marchesín foi suspenso por dois jogos e multado em 1020 euros, por "tornar-se culpado de conduta violenta", uma vez que "pontapeou um adversário".
Sebastian Coates, que foi expulso durante o jogo, devido a acumulação de dois amarelos, cumprirá um jogo de castigo (e multa de 153 euros), depois de rejeitado o recurso para anular o primeiro cartão. Já Esgaio viu o quinto cartão amarelo no clássico e falha a partida da 23.ª jornada da I Liga, com o Estoril.
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O CD da Federação decidiu ainda instaurar procedimentos disciplinares/inquérito a Pepe (FC Porto) e Tabata (Sporting), ambos por conduta violenta. O capitão portista pode "pontapeou um diretor da equipa adversária [Hugo Viana], e o jogador leonino "empurrou um diretor da equipa adversária [Luís Gonçalves]. "Não obstante a instauração do processo disciplinar, atendendo ao facto de ambos os jogadores terem sido expulsos com exibição de cartão vermelho, encontram-se suspensos de forma preventiva automática, de acordo com o disposto no artigo 37.º, número 3, alínea a) do RDLPFP,
pelo período de 2 (dois) jogos oficiais (período máximo previsto regulamentarmente)", pode ler-se no comunicado.
Ou seja Pepe e Tabata apanham para já dois jogos de castigo, mas se o processo não for concluído em 15 dias podem voltar... no clássico da Taça de Portugal, no dia 2 de março.
Tal como é descrito no relatório do árbitro João Pinheiro, Luís Gonçalves e Hugo Viana entraram "no terreno de jogo para provocar um conflito com um adversário" e por isso além de serem alvo de processos disciplinares e suspenso por 20 dias. "Não só por existirem exigências de prevenção especial relacionadas com a necessidade de prevenir comportamentos semelhantes por parte dos agentes desportivos mas também para evitar um prejuízo grave para o prestígio da organização desportiva", justifica o CD no documento.
O jogador do Sporting Matheus Reis também foi alvo de processo por ter feito um gesto obsceno. E o adjunto de Rúben Amorim, Carlos Fernandes, foi punido com um jogo e multado em 2040 "por entrar no terreno de jogo para interferir com o jogo".
Processos de inquérito a incidentes na garagem
Foi ainda decidido abrir um processo de inquérito aos acontecimentos da garagem do Dragão, envolvendo o presidente do Sporting, Frederico Varandas, e o administrador portista, Vítor Baía, e o diretor de Imprensa, Rui Cerqueira, após denúncia do diretor de segurança do clube leonino. Ao contrário do inicialmente denunciado pelos leões, o nome de Sérgio Conceição não é referido.
Também o comportamento de um apanha bolas que "arremessou uma garrafa de água na direção dos jogadores do Sporting" e a atuação de alguns Assistentes de Recinto Desportivo, que empurraram e tentaram agredir jogadores leoninos serão alvo de inquérito. Bem como "ao arremesso de objeto metálico, em forma de projétil".
Estas três situações envolvendo o organizador do evento, podem valer a interdição do Estádio do Dragão de um a três jogos. Para já o FC Porto foi multado em 11 475 euros por permitir a entrada e deflagração de material pirotécnico e 5100 euros pela utilização irregular de aparelhagem sonora. Já o Sporting vai pagar 5740 por uso de material pirotécnico na área onde estavam os adeptos afetos ao emblema leonino.
O órgão federativo ressalva que as medidas agora aplicadas têm como base apenas a factos que constam nos relatórios da equipa de arbitragem, das forças policiais ou do delegado da Liga Portugal, em matérias que só pode ser aplicada suspensão de mais de um mês ou quatro jogos. Assim todos os outros acontecimentos carecem de investigação.