Surpresa, desilusão e embaraço com The Best para... Lionel Messi
Lionel Messi continua a ser o The Best. Assim que o nome do argentino foi anunciado como melhor jogador o ano de 2023 a plateia não escondeu a surpresa e alguma desilusão. O jogador do Inter Miami foi eleito pelo segundo ano consecutivo e pela oitava vez na carreira (ver tabela). Como o argentino não estava presente nem havia ninguém para receber o troféu em seu nome na gala foi o apresentador Thierry Henry a ficar com o prémio. “Fica para mim, nunca recebi nenhum”, disse o francês, numa tentativa de disfarçar o embaraço do momento.
Em 2023, o argentino conquistou a Liga francesa, pelo PSG, antes de se mudar para o Inter Miami, onde ergueu a Leagues Cup. Messi superou o norueguês Erling Haaland, o grande derrotado da noite, uma vez que nem no onze do ano teve lugar, apesar do triplete com a camisola do Manchester City e dos 52 golos em 53 jogos. O argentino terminou com a mesma pontuação de Haaland, mas recebido mais vezes o total de pontos que cada jogador pode receber. Em terceiro lugar ficou o francês Kylian Mbappé (PSG). Bernardo Silva ficou em 8.º da lista.
O primeiro troféu da noite, na Gala dos prémios da FIFA, ontem, em Londres, foi para Pep Guardiola, o melhor treinador do ano. O técnico de 52 anos, que conduziu o Manchester City às conquistas da Premier League, Taça de Inglaterra e Liga dos Campeões, recebeu o galardão e assistiu à coroação de vários citizens, incluindo os portugueses Bernardo Silva e Rúben Dias, que entraram no onze do ano. O central português arrancou uma gargalhada da plateia quando disse que ser treinado por Guardiola “é intenso”, mas reconhecendo que no final de contas ele tira o melhor dos jogadores. Eis o onze do ano: Courtois (batido por Ederson no prémio individual); Stones, Walker e Rúben Dias; Bellingham, Bernardo Silva e Kevin de Bruyne; Haaland, Mbappé, Messi e Vinícius Jr..
Bonmati, Sarina e Marta rainhas
No feminino, Ataina Bonmati, do Barcelona, foi eleita a melhor jogadora do mundo de 2023. A futebolista espanhola, que já tinha conquistado a Bola de Ouro, bateu a concorrência de Linda Caicedo do Real Madrid e de Jennifer Hermoso, espanhola do Tigres, que se viu envolvida no caso Rubiales. Bonmati sucede assim a Putellas.
Já Sarina Weigman subiu ao palco para receber o galardão de melhor treinadora. A selecionadora de Inglaterra conduziu a equipa à final do Campeonato do Mundo, mas perdeu para a Espanha de Jorge Vilda. Eis o onze do ano Mary Earps (também melhor guarda-redes a título individual); Olga Carmona, Lucy Bronze e Alex Greenwood; Keira Walsh, Alessia Russo, Lauren James, Ella Toone, Aitana Bonmati; Alex Morgan e Sam Kerr.
A brasileira Marta recebeu o prémio carreira das mãos do presidente da FIFA, Gianni Infantino.
Madruga bateu Nuno Santos no Prémio Puskas
Golo de Nuno Santos representou a liga portuguesa e o Sporting, mas o golo de letra do sportinguista marcado ao Boavista foi batido pelo golo de Guilherme Madruga, então no Botafogo-SP e que vai jogar no Cuiabá do Brasil. O pontapé de bicicleta de fora da área do médio brasileiro de 23 anos foi o vencedor do prémio Puskás 2023.
A seleção do Brasil foi ainda distinguida com o prémio fair play pela luta contra o racismo e com Vinicius Jr. à cabeça, numa gala marcada pelo emotividade do adeus a nomes grandes do futebol como Bobby Charlton, Mário Zagallo e Franz Beckenbauer.
E como o futebol não se faz sem adeptos, a FIFA premiou a paixão de Hugo Daniel Iñiguez, um apoiante do Colón de Santa Fé da Colômbia, que foi “apanhado” a dar o biberão ao filho recém-nascido nas bancadas do estádio enquanto via o jogo do Colón.
isaura.almeida@dn.pt