Direção vai pagar "julgamento popular"

Presidente dos leões disse que os membros da direção foram "expulsos de sócios" por uma comissão "putativa"
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No dia em que mais três jogadores rescindiram com o Sporting - Battaglia, Rúben Ribeiro e Rafael Leão - Bruno de Carvalho volta a falar aos jornalistas, da sala da direção do Sporting.

Começou por afirmar que a comunicação se destinava a abordar o tema Conselho Leonino, visto que existia uma reunião que não aconteceu e que "33 pessoas" já deixaram o órgão. "O antigo Presidente da Mesa da Assembleia Geral (Jaime Marta Soares) deixou cair o órgão", afirmou. Acusou Jaime Marta Soares de "inabilidade" na situação do Conselho Leonino.

Sobre Rafael Leão, afirmou que tentou "falar com o pai" do jogador, mas que "outros valores falaram mais alto". "Rafael Leão está esquecido do seu depoimento e há três dias fez anos e mandou uma mensagem em que dizia qualquer coisa como 'obrigado presidente boss'", acrescentou, referindo-se indiretamente aos valores que águias terão pago ao jogador para este se mudar para a Luz.

De acordo com Bruno de Carvalho, "tudo" o que se está a passar no Sporting - neste caso as rescisões - tem a ver com "dinheiro". E referiu ainda o contexto atual está também relacionado com o "controlo da SAD".

Sobre a decisão judicial sobre as Assembleias Gerais de 17 e 21 de junho, reafirmou que o objetivo era dar "voz aos sportinguistas": "As Assembleias Gerais de 17 e 21 de junho eram para dar a voz aos sportinguistas. A de 17 junho era para cumprir um dever legal, na de dia 21 de junho iam escolher a nova Mesa da Assembleia Geral e a novo Conselho Fiscal. O que significa, e tenho de dizer, o juiz que promoveu esta decisão achou que os sócios que iam são destituídos de inteligência, porque podiam correr o risco de tomar decisões erradas. Mas esse não é o risco de qualquer Assembleia Geral?"

Sobre a comissão nomeada por Jaime Marta Soares, que Bruno de Carvalho não reconhece como ainda sendo presidente da Mesa da Assembleia Geral, o presidente dos leões chamou-lhe "putativa" e que expulsou o atual líder dos leões e restantes membros do conselho diretivo de sócios, dando-lhes "dez dias", naquilo que é "o maior crime lesa-pátria" que Bruno de Carvalho já viu no Sporting, como o próprio referiu. "Deram-nos dez dias para nos demitirmos e não podemos estar na Assembleia Geral de 23 de junho porque não somos sócios. Vai ser um julgamento popular".

Ainda no contexto da Assembleia Geral de 23 de junho, Bruno de Carvalho disponibilizou os serviços do clube a Jaime Marta Soares, para que esta se realize, mas que a direção "não vai estar presente" porque os membros foram expulsos de sócios do clube. Explicou ainda que o clube vai "pagar" a AG, mas que caso a destituição não avance, o clube vai cobrar "cada cêntimo" a Jaime Marta Soares relativamente aos custos da Assembleia Geral.

Bruno de Carvalho disse ainda que a decisão surge na sequência do "interesse dos sportinguistas". "Agora está na mão dos associados, falta só Jaime Marta Soares vir validar as assinaturas", acrescentou, aconselhando ainda os sportinguistas a não irem na "cantiga do bandido" e a "honrarem os superiores interesses do Sporting".

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