Samu não impede crescimento da lenda europeia do Bodo/Glimt
EPA/MATS TORBERGSEN

Samu não impede crescimento da lenda europeia do Bodo/Glimt

Dragões estiveram a vencer com um golo do jovem espanhol e jogaram com mais um durante quase 40 minutos, mas saíram derrotados e sem conseguir pontuar.
Publicado a
Atualizado a

O FC Porto não conseguiu pontuar no jogo de estreia da renovada Liga Europa. A equipa portista saiu hoje derrotado do Estádio Aspmyera (3-2), apesar de ter estado a ganhar ao Bodo/Glimt e ter jogado mais de 40 minutos em superioridade numérica. A equipa norueguesa que se tornou conhecida no futebol mundial depois de vencer a AS Roma de José Mourinho por duas vezes em 2022 acrescentou assim mais uma vitória à sua lenda europeia... à custa da amarga estreia de Vítor Bruno nas provas da UEFA.

Apesar de na véspera ter dito que seria “um ato de loucura” apresentar-se em calções no banco, Vítor Bruno manteve a sua imagem de marca sem se intimidar com os nove graus que se faziam sentir em Bodo, na Noruega. O técnico mudou, sim, o onze inicial, fazendo três alterações face ao utilizado em Guimarães para o campeonato - Grujic, Gonçalo Borges e Iván Jaime entraram para os lugares de Alan Varela, Galeno e Pepê - e estreando Zé Pedro e Samu nas provas europeias. 

O jovem espanhol festejou a primeira titularidade europeia abrindo o marcador logo aos oito minutos de jogo. A jogada foi de grande requinte. Gonçalo Borges encontrou Francisco Moura, que, com toda a classe, serviu Samu para o primeiro golo de uma partida que começou com ascendente do Bodo/Glimt. Samu chegou assim aos quatro golos em três jogos e esteve perto de bisar, mas foram os noruegueses a empatar depois de uma grande jogada concluída por Kasper Hogh. 

Seria a primeira vez que Diogo Costa iria buscar a bola ao fundo da baliza antes do intervalo. O FC Porto não abdicava da saída curta desde trás e os noruegueses perceberam e conseguiram condicionar pressionando alto e sendo fortes nas transições. E foi assim (e com ajuda da conquista das segundas bolas) que o Bodo/Glimt deu a volta ao marcador, com um golo de Jens Hauge. Um remate colocado do ex-Milan que não deu hipóteses de defesa ao guarda-redes portista.

No segundo tempo o jogo tornou-se mais desafiante para ambas as equipas. Os dragões corriam atrás do empate e viram o adversário ficar (aparentemente) fragilizado com a expulsão de Isak Maatta. Mas Jens Hauge tinha outros planos e tratou de minimizar a inferioridade numérica com mais um golo. Hogh lançou o ex-Milan, que avançou pela área dentro depois de expor toda a inexperiência de Zé Pedro e bater Diogo Costa mais uma vez.

O treinador portista via assim a desvantagem aumentar para dois golos depois de uma tripla substituição. Galvanizado pelo resultado, pela força amarela vinda das bancadas e pela falta de agressividade portista sobre a bola, aliada à pouca incidência ofensiva dos dragões, o Bodo esteve perto do quarto golo (negado por Diogo Costa), mas acabou a priorizar a organização defensiva e não se daria mal com a estratégia.

Pepê e Samu não conseguiram bater o guardião dos vikings, mas Deniz Gül marcou na estreia, reduzindo o marcador. No entanto, não impediu nova derrota portista na Noruega ... 27 anos depois. O FC Porto volta a jogar a 3 de outubro, com a receção aos ingleses do Manchester United, de Bruno Fernandes e Diogo Dalot. E pontuar é preciso nesta nova Liga Europa onde se vive de pontos.

isaura.almeida@dn.pt

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt