Rui Borges no primeiro dia de trabalho do Sporting para a nova época.
Rui Borges no primeiro dia de trabalho do Sporting para a nova época.FOTO: SPORTING CP

Rui Borges: "Não pode haver motivação maior do que começar a época com a disputa de um troféu"

Treinador do Sporting foi o primeiro dos treinadores a lançar o dérbi da Supertaça Cândido de Oliveira. Sporting-Benfica é na quinta-feira, dia 31, às 20h45, no Estádio do Algarve.
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Em cinco meses de Sporting, Rui Borges foi campeão nacional e venceu a Taça de Portugal; agora, prepara-se para orientar o Sporting na Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao Benfica, um adversário com quem se tem dado muito bem: estreou-se no banco leonino com um triunfo sobre o rival da 2.ª Circular, ganhou o campeonato e a Taça no ombro-a-ombro com as águias.

Como será no dérbi lisboeta, que se joga na quinta-feira, às 20h45, no Estádio do Algarve, e que colocará frente a frente o campeão Sporting com o finalista vencido da Taça de Portugal? "São sempre jogos de 50-50, independentemente de quem seja campeão. Duas grandes equipas, com grandes jogadores", respondeu o treinador leonino, depois de deixar "um abraço solidário para todos os bombeiros do país" que combatem incêndios por todo o País.

Segundo Rui Borges "é bom começar com a disputa de um troféu", porque é sinal de que o Sporting venceu algo antes e "não pode haver motivação maior que começar a época com a disputa de um troféu". E admitiu que também para ele esta pré-época foi uma novidade, por ser a primeira vez que começa a época num grande: "Sou o treinador mais feliz do mundo (...) Em clubes como o Sporting temos de nos adaptar. O início é sempre um momento diferente, tivemos uma paragem, jogadores que entram e saem. Não estamos na melhor forma, estamos à procura dela e tenho a certeza de que seremos competitivos e competentes no jogo de amanhã perante um adversário que esteve na disputa dos troféus."

O técnico leonino não evitou o assunto Viktor Gyökeres, mas tentou, à sua maneira, dizer que na ótica do treinador nada muda na equipa com a saída do sueco e a chegada de Luis Suárez para o ataque. "Não se trata da ideia do treinador. Trata-se de nos reajustarmos. O Suárez chegou há três dias, não tem comportamentos coletivos inseridos. Facilmente adquire aquilo que é o jogo do Sporting, agora há coisas que são ligações próprias, perdeu-se uma referência e vamos ganhar outra. Seja o Suárez ou o Harder. Há toda uma questão de tempo. Há coisas que são muito próprias deles. Tinham com o Viktor,  principalmente, mais ofensiva. Agora têm de ganhar rotinas com a malta nova e isso vai levar tempo, faz parte. Essas micro-relações são de conhecimento do resto da equipa. São importantes e só o tempo as vai criar, a perceber o que Suarez ou o Harder oferecem, a influência que vão ter", explicou o mirandelense, confirmando que Maxi Araújo está em dúvida.

Suárez e Harder "têm margem para crescer", segundo o treinador dos leões, mas depende deles a agarrar as oportunidades: "Apesar de o Harder não ter tido muito jogos porque havia uma referência de nível mundial , quando foi chamado cumpriu. O Harder não é o Viktor, há coisas diferentes. Tem de se adaptar e depois meter em prol da equipa aquilo que é a sua individualidade."

Arbitragem? Rui Borges quer "focar-se naquilo que é o jogo"

O Benfica criticou a escolha de Fábio Veríssimo para arbitrar a Supertaça, mas, para Rui Borges, a arbitragem não é assunto. "Que seja um grande espetáculo. É focar-nos naquilo que é o jogo, um grande espetáculo, que haja respeito acima de tudo e que saibamos comportar-nos (...) É um grande jogo logo a começar a época para criar esta paixão e emoção. É apenas um jogo de futebol e temos de saber vivê-lo. Passado é passado. Já nem penso naquilo que ganhei. Se não ganhar amanhã o treinador já não é muito bom, o futebol é isto. É pensar que é a disputa de um troféu em que podemos levar de antemão o facto de termos 9 e o Benfica também. Perante uma grande equipa, que nos vai causar problemas, independentemente de quem é o árbitro", disse o técnico leonino.

O Sporting foi o que menos mexeu no plantel este mercado de verão para a época 2025/26, mas Rui Borges garante que tem um plantel dentro daquilo que quer e vai à luta com os que tem. Mas e se perder o capitão? "Hjulmand tem uma cláusula, quem quiser pagar vai ter de falar com o presidente. Olho para ele, está ligado, motivado, tem dado o exemplo diário naquilo que é a exigência do treino. Veio diferente, casado (riso). Olho para ele da mesma forma. Sinto-o tranquilo", disse o treinador campeão nacional, admitindo que todos sabiam que "o Viktor Gyökeres acabaria por sair".

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