Ronaldo: "É o meu último Euro, mas não fico emocionado por isso"
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Ronaldo: "É o meu último Euro, mas não fico emocionado por isso"

Capitão da seleção nacional fala em "uma tristeza inicial" por penálti falhado "e uma alegria no final". Martínez criticou a relva e Diogo Costa confessou que este foi o melhor jogo da sua vida.
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Cristiano Ronaldo assumiu esta segunda-feira após a vitória sobre a Eslovénia no desempate por penáltis (3-0) e consequente apuramento para os quartos de final do Euro2024 que este é o seu último Campeonato da Europa, mas que não é isso que o deixa mais emocionado.

"É sem dúvida o meu último Europeu. Mas não fico emocionado por isso, fico emocionado por tudo o que implica o futebol. Pelo entusiasmo que tenho pelo jogo, pelo entusiasmo de ver os meus apoiantes, a minha família, o carinho que as pessoas têm por mim. Não é por deixar o futebol, porque se deixar, o que falta eu fazer mais ou ganhar mais? Não se vai resumir mais um ponto ou menos um ponto. Alegrar as pessoas é o que mais me motiva", afirmou o capitão da seleção nacional.

Sobre o penálti falhado, Ronaldo fala em "uma tristeza inicial e uma alegria no final". "São momentos inexplicáveis, que vão do oito ao 80. Durante o ano não falhei uma única vez [um penálti] e o Oblak defendeu. O mais importante é desfrutar desta passagem", frisou. 

"Quem falha é quem tenta também. Já esqueci. Às vezes é difícil marcar, já marquei mais de 200 penáltis na minha carreira. Às vezes é uma confusão, pensar se atiro para a direita, para o meio... mas no final foi justo", acrescentou. 

O avançado do Al Nassr considerou justa a passagem de Portugal à próxima fase: "Se analisarmos bem o jogo, a Eslovénia passou o jogo todo a defender e, quando assim é, torna-se difícil. A equipa está toda de parabéns, principalmente o nosso guarda-redes que fez três defesas muito boas."

Martínez: "Relva não era fácil..."

"Começámos um novo torneio. Nesta fase há detalhes em que podemos ganhar nos penáltis ou criar um momento de qualidade individual. A equipa jogou muito bem, trabalhou muito bem, mas a relva não era fácil e ajudou a equipa que teve menos bola. Foi incrível a paixão do balneário. Hoje, vimos uma equipa concentrada, com orgulho e força. Tentámos tudo e merecemos ganhar. Não concretizámos as oportunidades, mas estamos nos quartos de final e acho que os adeptos têm uma noite para celebrar. Os portugueses normalmente fazem contas, sofrem juntos, mas hoje é dia de celebrar uma vitória muito trabalhada", afirmou o selecionador nacional.

Diogo Costa: "Mato-me a trabalhar"

"Da minha parte, estes são os jogos mais difíceis porque estamos sempre muito tempo sem tocar na bola. Estou muito contente por ajudar a equipa e quero dedicar o jogo à minha família. É o meu suporte. Trabalho nunca irá faltar. Mato-me a trabalhar e a acreditar em mim", afirmou o guarda-redes do FC Porto, que defendeu três penáltis no desempate por grandes penalidades.

Sobre a defesa a remate de Sesko durante o jogo, explicou o que pensou durante os segundos em que se deparou com o avançado esloveno isolado: "Pensei 'tenho de defender não é?' Tentei dar o meu melhor, li bem o corpo dele e, graças a Deus, consegui ajudar a equipa."

"Foi o melhor jogo da minha vida. Foi o jogo em que mais consegui ajudar a equipa. O Ricardo [treinador de guarda-redes e antigo internacional] e toda gente passaram-me boas palavras. Motivaram-me ainda mais. Segui cegamente o meu instinto. Foi o que senti no momento. Respirei fundo várias vezes e segui o meu instinto. Estou muito feliz e muito emocionado por ajudar tanto a equipa", prosseguiu.

Cancelo: "Faltou-nos alguma calma"

"Sinto que em todo o jogo fomos superiores, mas faltou-nos alguma calma para encontrar espaços. No final, acho que fomos justos vencedores. Tudo pode acontecer. Vamos jogar contra um adversário fortíssimo, que é a França. Estamos preparados, trabalhamos muito bem dia a dia. Todos estão comprometidos com esta seleção", disse o lateral dos quadros do Manchester City após o encontro.

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