Roger Schmidt: “Não há nada a dizer sobre o comportamento de Di María”
Roger Schmidt não reprova a atitude de Di María no último jogo com o SC Braga, ao encostar a sua cabeça à cabeça de um dos árbitros assistentes. “O Ángel é um jogador emocional, que gosta de vencer, mas é uma pessoa que sabe respeitar os outros. Viu cartão amarelo nessa situação e não nos podemos queixar, respeito a decisão do árbitro. Na minha opinião, ele não exagerou, acho que não há nada a dizer sobre o comportamento dele, o Ángel é um modelo a seguir para os outros jogadores”, defendeu, na conferência de imprensa de antevisão do Benfica-Rio Ave, partida marcada para este domingo (18h00), referente à 17ª jornada da I Liga, a última da primeira volta.
O técnico alemão espera um jogo difícil. “O Rio Ave está muito melhor do que a classificação [16º lugar] diz. Trata-se de uma equipa compacta, bem organizada e pronta para defender. São rápidos nas transições, mas estamos preparados”, sublinhou, admitindo que Marcos Leonardo faça a sua estreia de águia ao peito. “Ele está connosco há mais de uma semana, está integrado, feliz e já mostrou qualidade nos treinos. É possível que jogue alguns minutos, até para acelerar a sua integração. Posso dizer que, até agora, ele tem-me impressionado”, confessa.
Depois de não confirmar nem desmentir a iminente chegada do defesa esquerdo Álvaro Fernández, elogiou a forma como o clube da Luz tem trabalhado no mercado. “Por vezes, temos de vender jogadores, como já o fizemos. No meu tempo aqui no Benfica, temos aproveitado as boas vendas efetuadas para depois manter um equilíbrio no plantel e penso que existe uma boa ligação à América do Sul, estamos muito fortes nesse mercado. No caso do Marcos Leonardo, foi uma boa contratação, trata-se de um avançado de 20 anos, sendo uma vantagem para os clubes portugueses que jogadores desta qualidade queiram vir para Portugal. Para eles também é mais fácil, devido ao idioma e culturas semelhantes”, disse.
O treinador germânico foi questionado sobre o facto de o Benfica ter tido momentos em que esteve por baixo no último desafio com o SC Braga. “Surgiram algumas situações em que poderíamos ter estado melhor, mas é normal que uma equipa sofra golos durante um jogo… acho que continuamos a defender bem, o segundo golo do SC Braga era quase impossível de defender, foi um remate fantástico a 25 metros metros da baliza e temos de aceitar esses golos”, frisou, prosseguindo: “O SC Braga teve qualidade para controlar o jogo em certos momentos, mas não teve muitas oportunidades para marcar e foi importante o facto de termos conseguido criar oportunidades de golo nos minutos finais. O nosso último golo foi de alto nível, sendo importante acreditarmos em nós e tentarmos mostrar a nossa qualidade. Tentamos sempre defender da melhor maneira e nunca queremos sofrer golos, mas nem sempre é possível".
Por fim, Roger Schmidt não ficou muito contente quando questionado sobre a dificuldade que o Benfica tem sentido nos jogos com equipas pequenas na Luz, onde já empatou esta temporada com o Casa Pia e com o Farense. “A sua pergunta [do jornalista] sugere que temos um problema de mentalidade nestes jogos frente a equipas como o Rio Ave, mas não vejo isso… mesmo quando empatámos, mostrámos que estávamos preparados para vencer os jogos, não se trata de uma questão de mentalidade, simplesmente não fomos eficazes, mas estamos a melhorar e de continuar a criar oportunidades para vencer os jogos e de sermos mais eficazes”, referiu.