PSG soma mais um título de campeão francês. Agora falta conquistar a Europa
O PSG comemorou este sábado, no Parque dos Príncipes, mais um título de campeão francês, ao receber e vencer o Angers, por 1-0 (golo de Desire Doue), num jogo onde apenas lhe bastava um empate para colecionar o quarto troféu de campeão consecutivo, o que comprova a hegemonia interna do clube parisiense, financiado pelos milhões do QSI (Qatar Sports Investments) e detido pelo magnata Nasser Al-Khelaïfi.
O emblema da cidade Luz torna-se assim no campeão mais precoce das principais ligas europeias, a seis jornadas do final da competição. Este foi o 13.º título de campeão francês da história do PSG, numa temporada onde até agora o clube que tem uma forte influência de portugueses somou 74 pontos, marcou 80 golos e sofreu 26.
Se internamente na última década a hegemonia do PSG foi apenas quebrada duas vezes (Mónaco em 2016-17 e Lille em 2020-21), nas provas europeias a história é bem diferente.
Desde que em 2011 adquiriu o clube, Al-Khelaïfi investiu já quase dois mil milhões de euros em reforços (só na atual temporada foram 240 milhões) e traçou como objetivo vencer a Liga dos Campeões a médio prazo. Um sonho que tem sido constantemente adiado, mas que torna a ser possível esta temporada, sobretudo depois de a equipa ter ultrapassado o Liverpool, apontado como um dos favoritos - segue-se agora o Aston Villa nos quartos de final.
Desde 2020, o PSG andou perto do trono na Champions. Mas caiu duas vezes nas meias-finais da prova (2020-21 e 2023-24), e em 2019-20 esteve na final, mas acabou por sair derrotado no jogo decisivo disputado no Estádio da Luz, em Lisboa, por 1-0 diante do Bayern Munique.
A equipa tem um forte toque português. O diretor deportivo é Luís Campos, homem de confiança de Nasser Al-Khelaïfi e responsável por todas as operações de mercado - o clube de há uns a esta parte fez uma inversão na política de mercado, abdicando de estrelas (Messi, Mbappé, Neymar, Cavani, Di María passaram pelo clube) e apostando em jovens valores, com resultados à vista.
No plantel brilham os internacionais portugueses Nuno Mendes (22 anos), Vitinha (25), João Neves (20) e Gonçalo Ramos (23) - só este último não tem estatuto de titular indiscutível.
O plantel dos parisienses está avaliado em 923,5 milhões de euros. De acordo com o transfermarkt, o jogador mais valioso é o extremo georgiano Khvicha Kvaratskhelia (85 milhões de euros). Seguem-se Ousmane Dembélé (75), Bradley Barcola (70), e Achraf Hakimi (65) e João Neves (65).
“O plano quinquenal [ganhar a Champions no espaço de temporal de cinco anos] foi um erro, admito-o abertamente. Mas aprendemos com os nossos erros. Afinal, conseguimos chegar a três meias-finais nos últimos seis anos, incluindo uma final. Então, sempre estivemos lá muito tempo. Se me perguntar se o nosso objetivo é ganhar a Liga dos Campeões, responderei que não. Se me perguntarem se queremos lutar em todos os jogos: sim. Para jogar ofensivamente? Sim. Para divertir? Sim. Temos jogadores para isso? Sim. Temos jogadores para ganhar a Liga dos Campeões este ano, no próximo ano ou daqui a oito anos. Temos a base para construir uma grande equipa para o futuro”, referiu recentemente o dono do clube.
E este pode mesmo ser um ano memorável para o PSG. Já conquistou a Supertaça e o campeonato, está na final da Taça de França, nos quartos de final da Liga dos Campeões e no verão ainda vai disputar o novo Mundial de Clubes.
Um dos grandes artífices deste sucesso, para já ainda a nível interno, é o treinador espanhol Luís Enrique, de 54 anos, que pegou na equipa no ano passado e já vai no qunto troféu conquistado. “O nosso objetivo é vencer a Ligue 1, ganhar todos os troféus, essa é a nossa esperança. Estamos cientes do enorme desafio que enfrentamos, mas estamos a trabalhar no duro todos os dias para alcançar esse objetivo”, disse recentemente.
Luis Enrique renovou contrato com o clube em fevereiro, até 2027. E este sábado conquistou o quinto título pelo PSG (dois campeonatos, duas Supertaças de França e uma Taça de França).