Mikel Merino cabeceia para o golo da vitória de Espanha.
Mikel Merino cabeceia para o golo da vitória de Espanha.Fabrice COFFRINI / AFP

No adeus aos relvados, Kroos criou o monstro que apurou a Espanha

A Alemanha foi eliminada pelos espanhóis num jogo intenso, com 14 cartões amarelos e um vermelho para Carvajal. Com Dani Olmo a brilhar, Merino foi herói da partida.
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A Espanha venceu a Alemanha, por 2-1 no prolongamento, e apurou-se para as meias-finais do Euro 2024. Desde o duplo título em 2008 e 2012 que os espanhóis não conseguiam chegar a duas meias-finais consecutivas (2020 e 2024).

E bem podem agradecer em parte a Toni Kroos, o médio alemão que esta sexta-feira se despediu dos relvados. Foi ele que colocou Pedri fora do jogo aos oito minutos com uma falta dura, que obrigou o jogador do Barcelona a ser substituído e dar lugar a Dani Olmo, o melhor me campo, com um golo e uma assistência para o golo do triunfo de la roja nos instantes finais do tempo extra. 

Na Mercedes-Benz Arena de Estugarda, Julian Nagelsmann trocou Schlotterbeck e Andrich por Jonathan Tah (regressado de castigo) e Emre Can, enquanto Luis de la Fuente fez alinhar o mesmo onze com que iniciou o duelo com a Geórgia e assim fez história ao repetir uma equipa inicial mais de oito anos e 97 jogos depois.

O filme da primeira parte seguiu o guião esperado. Uma Espanha mais atrevida e uma Alemanha mais pragmática, mas ambas as seleções agressivas sobre a bola o que tornou o histórico duelo europeu equilibrado e quentinho, afinal o  jogo terminou com 14 cartões amarelos e um vermelho.

No confronto entre os dos melhores ataques da prova, os primeiros 45 minutos tiveram apenas um remate enquadrado com a baliza, de Dani Olmo que Manuel Neuer travou com relativa facilidade. 

O segundo tempo começou com Lamine Yamal a ganhar espaço na zona de Joshua Kimmich e fazer estragos: primeiro serviu Morata, que rematou com muito perigo, mas uns centímetros acima da barra da baliza, e depois descobriu Dani Olmo que marcou um autêntico penálti em movimento, que abriu o marcador, de nada valendo a tentativa de Neuer de voar para parar o remate. 

No início da segunda parte, a verdade é que a seleção alemã podia ter chegado ao empate logo depois, seguindo-se 20 minutos de pressão da equipa de Naglesmann, com Robert Andrich e Niclas Füllkrug a darem muito trabalho aos espanhóis. Talvez na melhor jogada da seleção alemã(77 minutos), Florian Wirtz, que entrara ao intervalo, cruzou para Füllkrug rematar ao poste. Logo a seguir, um pontapé de baliza desastrado de Unai Simón colocou a bola nos pés de Kai Havertz que, vendo o guarda-redes espanhol adiantada, tentou o chapéu, mas falhou o alvo. 

Adivinhava-se o empate, que acabou por acontecer mesmo a um minuto dos 90. Kimmich ganhou de cabeça ao segundo poste e serviu Wirtz para o golo que levou o jogo para o prolongamento. 

Na meia hora extra, Mikel Oyarzabal fez mira à baliza de Neuer e Wirtz fez o mesmo com Unai Simón, mas sem sucesso. O papel de herói estava reservado para Mikel Merino que, servido por Dani Olmo, fez o 2-1 para a seleção espanhola aos 119 minutos. Um cabeceamento irrepreensível que deixou Neuer pregado ao chão e que seria decisivo, apesar do último esforço alemão, durante o qual Füllkrug ficou à beira do empate e de prolongar a vida da mannschaft no Euro2024. A festa foi, no entanto, espanhola, que procura chegar ao quatro título europeus da sua história. Seguem-se as meias-finais, numa partida em que não poderá contar com Dani Carvajal, que foi expulso nos minutos finais.

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