Di María teve um papel decisivo nos triunfos do Benfica diante do FC Porto (4-1, I Liga), Estrela da Amadora (7-0, Taça de Portugal) e Mónaco (3-2, Liga dos Campeões). As boas exibições levantaram mais uma vez a questão da renovação do argentino de 36 anos, cujo contrato termina no final da época. Ficar mais um ano na Luz é uma opção que agrada ao clube e ao jogador, mas as duas partes preferem esperar e evitar uma decisão precipitada. .Questionado sobre o tema, Bruno Lage respondeu que até o filho lhe pede a renovação do argentino campeão do Mundo, mas escusou-se a adiantar pormenores. Tal como o jogador, que regressou ao clube na época 2023-24. O extremo diz sentir-se bem fisicamente aos 36 anos para continuar a jogar ao mais alto nível, mas que não sabe quando vai parar, abrindo assim as portas a uma continuidade desejada para os lados da Luz..Uma renovação justificada em campo. Os oito golos marcados em 16 jogos (um na Liga dos Campeões, três no campeonato, três na Taça de Portugal e um na Taça da Liga) e cinco assistências (duas na Champions, duas no campeonato e uma na Taça de Portugal) mostram a influência do camisola 11 na equipa. .Ao contrário do que acontecia com Roger Schmidt, que era criticado por não substituir o argentino, Bruno Lage tem sido elogiado pela gestão do jogador e pela forma como o tem libertado das tarefas defensivas. Di María ainda não fez um jogo completo com Lage. Soma 1049 minutos em 16 jogos - cinco deles na Liga dos Campeões (347minutos), nove na Liga (59), um na Taça de Portugal (65) e outro na Taça da Liga (45) -, sendo que 13 deles são com Bruno Lage..Comparativamente aos primeiros 16 jogos da última época, Di María tinha na época passada 1156 minutos, mais 107 minutos do que esta temporada e menos um golo (7)..Para Pedro Bouças, a maior influência do argentino não é mera ilusão estatística. “Rende muito mais com Bruno Lage, mas sobretudo o Benfica está muito melhor equipa com o novo treinador, graças a uma eficiente utilização do Di María e da forma como é protegido. Ofensivamente, ele também rendia com Roger Schmidt, mas era inexistente defensivamente e a equipa sofria muito com isso. Ficavam poucos jogadores para defender e se David Neres jogava em simultâneo, muitas vezes o Benfica defendia apenas com seis... e a equipa sofria muito com isso”, explicou ao DN o analista de futebol e comentador do Canal11. .“A passagem para o 4X3X3, com Aursnes no lado de Di María a compensar defensivamente e fechando aquele lado, mostrou um Benfica mais equilibrado”, considera Bouças. Agora, “não só o Benfica defende com mais um médio que no passado, como na esquerda o Aktürkoglu também equilibra a equipa”. .Porque, na análise de Pedro Bouças, mesmo “estando mais comprometido defensivamente, D María tem mais espaço para fazer a diferença”: “Não estar tão desgastado por minutos também será sempre uma vantagem para que o seu rendimento por minuto seja mais alto.”.isaura.almeida@dn.pt