José Vítor cabeceia para o segundo golo do Nacional frente ao FC Porto.
José Vítor cabeceia para o segundo golo do Nacional frente ao FC Porto.HOMEM DE GOUVEIA/Lusa

Desta vez não houve nevoeiro na Choupana, mas dragões não foram vistos em campo

O jogo valeria a chegada ao primeiro lugar em caso de vitória, mas o FC Porto abordou-o de forma estranhamente apática, principalmente na primeira parte, acabando por ser derrotado por 0-2. E assim continua no segundo lugar, a 1 ponto do líder Sporting.
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O FC Porto foi derrotado por 0-2 em casa do Nacional e perdeu a possibilidade de chegar ao primeiro lugar na I Liga, posição que alcançaria caso regressasse ao Continente com os três pontos. Recorde-se que a 3 de janeiro, o jogo na Choupana tinha sido interrompido aos 14 minutos e 30 segundos, mas houve tempo para polémica, com o árbitro Tiago Martins a perdoar a expulsão ao portista Rodrigo Mora, mesmo depois de alertado pelo VAR, num lance ocorrido logo aos 2’.

O FC Porto fez uma alteração em relação ao onze que apresentou nove dias antes, com Vasco Sousa a render Alan Varela. O Nacional não podia desejar melhor (re)começo, com Dudu a inaugurar o marcador ao terceiro minuto deste “segundo jogo”, ou seja, aos 17’, desviando de cabeça um cruzamento de Gustavo Garcia, aproveitando a passividade dos centrais Otávio e Nehuén Pérez.

Os comandados de Vítor Bruno pareciam ter sido mordidos pela mosca tsé-tsé, demonstrando inacreditável apatia para uma equipa que precisava de conquistar os três pontos para ascender ao primeiro lugar do Campeonato. Os visitados aproveitavam as inesperadas benesses e aos 33´ estiveram perto do 2-0, por Tomich, após nova assistência de Gustavo Garcia, lateral direito com boas capacidades ofensivas que ganhou a Taça dos Libertadores pelo Palmeiras de Abel Ferreira.

Não havia meio de os azuis e brancos acordarem, com a equipa a prosseguir numa toada molenga. Vítor Bruno não estava obviamente satisfeito e aos 43’ fez dupla substituição, uma por necessidade – o lesionado Martim Fernandes por João Mário – outra por opção, com Pepê (mais uma vez desaparecido em combate) a ser rendido por Namaso. Curiosamente, as alterações surgiram exatamente antes do pontapé de canto que deu o 2-0, com o central Zé Vítor a faturar, mais uma vez num cabeceamento sem qualquer oposição. Refira-se que o FC Porto conseguiu ficar 54 minutos (a primeira parte e os 9’ de compensação) sem fazer um único remate!

Vítor Bruno fez mais duas substituições no recomeço, com Vasco Sousa e André Franco a serem rendidos por Fábio Vieira e Gonçalo Borges, dois futebolistas da formação portista que pouco trouxeram a jogo. E aos 50’ os azuis e brancos remataram pela primeira vez, por Namaso, com a bola a desviar num defesa adversário. Na sequência do pontapé de canto, surgiu por fim uma oportunidade de golo para os azuis e brancos, num cabeceamento de Samu. Os visitantes imprimiam maior velocidade e, logo a seguir, o guarda-redes Lucas França opôs-se muito bem a remate de Namaso.

Vítor Bruno esgotou as substituições aos 62’, com Deniz Gül lançado no lugar de Rodrigo Mora, que, ironicamente, nem se viu durante os 47’ em que esteve em campo na tarde deste domingo, depois da expulsão "perdoada" na data original.

O Nacional remetia-se cada vez ao seu meio-campo, tentando depois surpreender o adversário em transições rápidas, mas os visitantes não o permitiam. Ainda assim, apesar de muito maior dinamismo e velocidade, excetuando os minutos iniciais do segundo tempo, o FC Porto continuava sem criar chances de golo até um lance de Deniz Gül aos 72’, com o sueco a falhar o chapéu a Lucas França.

Até ao final, o FC Porto carregou em busca do golo e teve duas boas ocasiões, primeiro com Samu a falhar de forma incrível e depois num remate de Gonçalo Borges, parado por Lucas França.

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