Médio francês Paul Pogba suspenso quatro anos por doping
O futebolista internacional francês Paul Pogba foi suspenso quatro anos por doping pelo tribunal antidopagem em Itália, disse esta quinta-feira à France-Presse a Juventus, clube do médio de 30 anos que vai recorrer da decisão.
A pena pedida pelos procuradores foi aplicada ao médio francês, noticiaram as agências noticiosas France-Presse e Associated Press, e Pogba pode agora recorrer da decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
Também à France-Presse, fonte próxima do médio garantiu que este vai apresentar recurso.
Em causa está um teste positivo para testosterona, substância que é um esteroide anabolizante e ajuda a acelerar o desenvolvimento muscular, num controlo de rotina feito pela Liga italiana no encontro entre a Juventus e a Udinese, em 20 de agosto do ano passado, no qual não somou quaisquer minutos em campo.
Para explicar este teste positivo, a representação do jogador anunciou, em setembro último, que os metabólitos da testosterona provinham de um suplemento alimentar prescrito por um médico que o jogador consultou nos Estados Unidos, e o jogador recusou um acordo para evitar a pena máxima.
O campeão do mundo pela França em 2018, que marcou na final ante a Croácia (4-2), só tinha alinhado em duas partidas em 2023/24, a último delas em 03 de setembro de 2023, e desde que voltou aos italianos, em que já tinha jogado entre 2012 e 2016, alinhou em 12 partidas ao todo, em mais de época e meia.
Pelo meio, representou o Manchester United, numa carreira condecorada, que conta com o título mundial de 2018 com os 'bleus', uma Liga Europa com os 'red devils' de José Mourinho, quatro campeonatos de Itália e outros troféus, como a Liga das Nações, em 2021.
Formado no Le Havre, somou 91 internacionalizações pela França, que não representa desde 2022, e faz 31 anos no próximo mês, pelo que a suspensão pode terminar-lhe a carreira.
Pogba considera condenação por doping "incorreta" e vai recorrer
Pogba considera a decisão do tribunal italiano antidopagem "incorreta" e vai recorrer, por considerar nunca ter "consciente ou deliberadamente" tomado produtos proibidos.
"Fui hoje informado da decisão do tribunal e considero o veredicto incorreto. (...) Quando estiver livre de constrangimentos legais, esta história será mais clara, mas nunca tomei quaisquer suplementos, de forma consciente ou deliberada, que violassem as regras antidopagem", escreveu o médio numa publicação na rede social Instagram.
Assim, vai recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) da decisão, por considerar que nunca faria algo "para aumentar a performance com recurso a substâncias banidas".