Maria Inês Barros falha final do fosso olímpico no shoot-off mas garante diploma

Maria Inês Barros falha final do fosso olímpico no shoot-off mas garante diploma

Atiradora conseguiu o terceiro melhor resultado português no fosso olímpico, depois da prata de Armando Marques em Montreal1976 e do sétimo lugar de Manuel Vieira da Silva em Atlanta1996.
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A atiradora portuguesa Maria Inês Barros falhou esta quarta-feira o apuramento para a final de fosso olímpico dos Jogos Olímpicos Paris2024, depois de ser eliminada apenas no 'shoot-off'.

A penafidelense, de 23 anos e que é a primeira portuguesa nesta prova em Jogos, terminou as cinco séries de 25 pratos com 121 acertos, em igualdade com a australiana Penny Smith e a chinesa Zhang Xinqiu, mas acabou por ser a primeira eliminada no desempate com estas duas adversárias, terminando a prova no oitavo posto.

No 'shoot-off', em que um atleta é afastado assim que falha um tiro, Penny Smith viria a impor-se e a apurar-se para a final, como sexta e derradeira classificada.

Apesar da eliminação, Maria Inês Barros garantiu um diploma olímpico para Portugal, juntando-se ao ciclista Nelson Oliveira, sétimo no contrarrelógio, e a Vasco Vilaça e Ricardo Batista, quinto e sexto no triatlo, respetivamente.

Maria Inês Barros conseguiu o terceiro melhor resultado português no fosso olímpico, depois da prata de Armando Marques em Montreal1976 e do sétimo lugar de Manuel Vieira da Silva em Atlanta1996.

"Consegui cumprir os meus objetivos pessoais, que não tinha revelado, que era no mínimo conseguir o meu recorde pessoal, que era 119. Consegui fazer a marca de 121 e fui para a última pranchada a saber que precisava do 25, se quiser pensar em chegar à final. Isso deu-me acesso ao 'shoot-off', que infelizmente não correu muito bem, mas estou muito feliz com o resultado e com o diploma", assumiu, em declarações à agência Lusa.

Com 23 anos cumpridos este mês, a penafidelense assinou recentemente pelo Benfica, mas isso não a vai fazer abandonar o curso de Medicina Veterinária, no qual está no quinto ano, mesmo que apenas tenha feito metade do segundo semestre, para se focar nos Jogos.

"Vai-se manter o estudo, porque eu não consigo abdicar de uma das coisas, porque eu adoro as duas áreas, e se eu abdicasse de uma delas ia ficar desapontada comigo mesma, e ia ficar triste no futuro, porque ia sentir falta de uma delas. Então, enquanto eu conseguir, vou conseguir conciliar as duas o melhor que eu conseguir", garantiu.

Após a sua primeira presença em Jogos Olímpicos, Maria Inês Barros sabe que tem "de começar a pensar nos próximos, que são em Los Angeles".

"A pensar na minha preparação, o que é que eu fiz bem, o que é que eu fiz mal. E pronto, mentalizar-me que daqui a pouco tenho de começar a trabalhar para os próximos de Los Angeles", afirmou.

As provas de tiro com armas de caça dos Jogos Olímpicos Paris2024 disputaram-se em Châteauroux, a quase 300 quilómetros de Paris, algo que fez a jovem atiradora perder um pouco da sua primeira experiência olímpica, mas permitiu-lhe estar mais focada na competição.

"Como estávamos tão longe da Aldeia, deixámos de ter aquele espírito olímpico tão presente, a única coisa que eu tinha aqui alusiva a isso é Paris2024 por todo o lado, nos postes e no campo de tiro. Mas, sim, eu fiquei um bocado triste, porque eu gostava de poder estar na Aldeia, de poder ter aquela experiência total olímpica. Mas, sim, acabou por ajudar-me um bocadinho a controlar os nervos", referiu.

Notícia atualizada às 12.55.

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