Laurentino Dias quer dar seguimento ao legado de Constantino e critica Fernando Gomes
ANTÓNIO PEDRO SANTOS / LUSA

Laurentino Dias quer dar seguimento ao legado de Constantino e critica Fernando Gomes

Antigo secretário de Estado do Desporto convidou Nuno Laurentino para ser secretário-geral se for eleito presidente do Comité Olímpico de Portugal. Fernanda Ribeiro fará parte da lista.
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Laurentino Dias quer dar seguimento ao legado do malogrado José Manuel Constantino à frente do Comité Olímpico de Portugal (COP), se for eleito no dia 19 de março. “Constantino imprimiu a esta casa uma qualidade, um nível de excelência que foi até aqui inigualável. O que nós queremos é serem capazes de continuar esse nível de excelência e introduzir alguma inovação”, disse hoje o candidato ao cargo de presidente do COP, que conta o apoio de Fernando Mamede, Naide Gomes e Filipa Martins.

O prazo para a entrega das listas termina quinta-feira e Fernando Gomes e Alexandre Mestre são os outros pretensos candidatos à presidência do maior e mais importante organismo do Desporto português.

Laurentino Dias apresentou-se, hoje, oficialmente, mas só amanhã revelará a lista de quem o acompanhará, para além de José Manuel Araújo, que esteve na direção de José Manuel Constantino nos últimos 12 anos no Comité Olímpico, e de Nuno Laurentino, antigo nadador olímpico, que trabalhou na secretaria de estado do Desporto nos mandatos de João Paulo Rebelo e João Paulo Correia, e que é candidato a secretário-geral.

Fernanda Ribeiro também fará parte da equipa do antigo secretário de Estado do Desporto, que, no discurso apontou seis eixos cruciais: governação, integridade e transparência; financiamento sustentável e incentivos ao desporto; desenvolvimento desportivo e alto rendimento; valorização e capacitação de atletas e treinadores; inclusão, solidariedade e apoio ao movimento desportivo; e comunicação, inovação e internacionalização.

Laurentino Dias agradeceu ainda ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, que em dezembro anunciou na sede do COP um contrato de 50 milhões de euros para o desporto. “Tivemos muitos anos a trabalhar em áreas diferentes, em bancadas diferentes, mas a trabalhar no mesmo local e reconheço que ele tem uma costela, não sei se muito grande, desportista. Portanto, estou à espera de ter no primeiro-ministro e no Governo uma cooperação sem a qual o Comité Olímpico não consegue desempenhar bem a sua função”, disse.

DR

O líder da candidatura Unidos Pelo Olimpismo reafirmou ainda as criticas a Fernando Gomes, a quem acusou de ignorar o COP nos três mandatos à frente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF): “Fernando Gomes tem toda a legitimidade de ser candidato. Não gostei de perceber que ao longo destes 12 anos em que foi presidente da FPF não tenha tido um único dia para participar nas reuniões do COP. E embora não saiba qual vai ser o posicionamento da FPF nas eleições, gostei de ter visto, que, no seu primeiro dia de trabalho como presidente, o Pedro Proença na Assembleia Geral do COP.”

O futebol é a maior das federações nacionais e o Comité Olímpico não pode dispensar a maior das federações nacionais, segundo o antigo governante. E a propósito da organização do Mundial de futebol em 2030, embora partilhado com Espanha e Marrocos, Laurentino Dias confessou que o Olimpismo não pode ter essa ambição. “Não me parece possível que algum dia tenhamos os Jogos Olímpicos em Portugal. Os Jogos são hoje uma organização brutal, que procura países e cidades com uma dimensão que Portugal não tem,. Vamos apostar nos Jogos do Mediterrâneo em 2027, no Algarve”, disse Laurentino Dias, que tem como mandatário, João Paulo Bessa, antigo selecionador de râguebi

isaura.almeida@dn.pt

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