A I Liga bateu o recorde de investimento em contratações de futebolistas na janela de transferências de verão de 2025/26, com 362,96 milhões de euros (ME) fixos. Só Benfica, Sporting e FC Porto investiram 298,3 milhões. Os gastos globais, sem precedentes, dos 18 clubes do principal campeonato português ultrapassaram o recorde de gastos, cifrado em 2022/23, época em que despenderam 282,84 ME - 229,18 no verão e 53,66 no inverno. O forte investimento atual contrasta com um menor fulgor em vendas (apenas três acima dos 30 milhões), numa radical mudança de paradigma. No saldo entre compras e vendas, Portugal deixou de ser o mercado mais lucrativo, como aconteceu em sete das últimas dez épocas, incluindo a de 2024/25, passando para o 25.º lugar da lista mundial.Para já, o saldo entre contratações (335,4 ME - mais cerca de 28 milhões pagos pelos passes de Samu e Trincão, perfazendo assim cerca de 363 milhões de investimento total) e vendas (356,1 ME), é de cerca de 20 milhões de euros, segundo os dados do site Transfermarket, especializado em mercado. Esse valor ainda pode aumentar, uma vez que há mercados ainda abertos como a Turquia e a Arábia Saudita.O FC Porto e o Sp. Braga gastaram como nunca nesta janela de transferências e estabeleceram novos máximos em contratações, enquanto o Benfica ficou a três milhões do recorde português em gastos com reforços. O Sporting foi o mais comedido dos candidatos ao título e ainda falhou a inscrição de um possível reforço (Jota Silva).Líder isolado da I Liga 2025/26 à quarta jornada, o FC Porto, que vai jogar a Liga Europa, concretizou o seu maior investimento de sempre, como prometido pelo presidente André Villas-Boas na apresentação do treinador Francesco Farioli, que recebeu 10 reforços, num total de 111,35 ME gastos. O dinamarquês Victor Froholdt (na foto) levou os dragões a pagar 20 milhões ao Copenhaga, mais do que o investido no espanhol Gabri Veiga e no lateral direito Alberto Costa.Do novo recorde do FC Porto constam os 17 milhões de euros pagos ao Atlético de Madrid por metade dos direitos económicos do ponta de lança espanhol Samu (o avançado já fazia parte do plantel), que passou a ser o jogador mais caro de sempre em Portugal, com uma despesa global de 32 milhões.Richard Ríos, o mais caro Recém-qualificado para a fase de liga da Liga dos Campeões, o Benfica, em ano de eleições (25 de outubro), investiu 105,5 ME no último mercado, ficando perto do recorde absoluto de Portugal - 108,5 ME na época 2020/21.Richard Ríos (na foto) foi o reforço mais caro do campeonato, depois de contratado ao Palmeiras por 27 milhões de euros. O valor fixo pago pelo passe do médio colombiano é o mais alto da história das águias, que reforçaram o plantel de Bruno Lage com o avançado croata Franjo Ivanovic e o extremo belga Dodi Lukebaki num total de oito reforços.O bicampeão Sporting foi o mais comedido dos três grandes, aplicando a maior fatia dos 79,8 milhões gastos no total na contratação do colombiano Luis Suárez (na foto) para atacar o tricampeonato e jogar a Liga dos Campeões. O avançado ex-Almería custou 22,2 milhões, mais 2,2 do que o grego Fotis Ioannidis. O lateral direito grego Georgios Vagiannidis foi o terceiro reforço mais caro dos leões, que acabaram por ser protagonistas do último dia do mercado de transferências ao falharem a inscrição de Jota Silva... por um minuto. O Sporting investiu ainda cerca de 11 ME pelos restantes 50% do passe de Francisco Trincão, mas compensou com receitas recorde de 181,4 milhões.Os quatro primeiros classificados das últimas épocas fizeram 23 das 25 contratações mais avultadas na I Liga, com o Sp. Braga, apurado para a Liga Europa, a gastar 28,5 ME, quase metade desse valor no avançado espanhol Pau Víctor (ex-Barcelona, 12 ME), o mais caro de sempre do Sp. Braga..Ioannidis e Harder ajudaram Sporting a dominar último dia do Mercado