Depois de iniciar a qualificação para o Mundial2026 a vencer a Arménia (5-0), a seleção nacional entra, esta terça-feira, dia 9 de setembro, de novo em campo, desta vez, na Puskás Aréna, em Budapeste, para jogar com a Hungria (19h45, RTP1). Um jogo “essencial” na caminhada de Portugal rumo ao Campeonato do Mundo, segundo Roberto Martínez, que só não conta com o lesionado Francisco Conceição.O selecionador nacional já tinha dito que iria gerir a equipa, tendo em conta as 72 horas de intervalo entre os dois primeiros jogos de apuramento, e reafirmou essa ideia, na antevisão do duelo com os húngaros... embora o capitão Cristiano Ronaldo, pareça não ser uma das peças a mudar. “Já falei muito do que [Ronaldo] transmite, mas não são aspetos do futuro, são do dia a dia. Tem fome para ser o melhor. O que representa vestir a camisola é a mensagem que o capitão traz ao balneário, ajuda muito. A forma como se dedica, a frescura que tem diariamente... É um vencedor. Quer ser o melhor todos os dias”, destacou o treinador espanhol, sem revelar se CR7 joga ou descansa.Segundo Martínez, a Hungria é uma “equipa forte defensivamente”, que, quando atua frente a adversários que gostam de ter bola , explora os lances de contra-ataque e também as bolas paradas. Para vencer, Portugal só precisa mostrar um desempenho igual ao que teve na Arménia e que terminou com um triunfo, por 5-0. Dois dos golos foram marcados por Cristiano Ronaldo, que procura, em Budapeste, igualar ou ultrapassar mais uma marca histórica. O português chegou aos 38 golos em fases de qualificação para mundiais, estando atualmente, no segundo lugar da lista, a um dos 39 de Carlos Ruíz, antigo internacional pela Guatemala. Um recorde ao alcance do português, que tem na Hungria a segunda vítima preferida - já marcou seis golos em outros tantos jogos.O futebol mostrado em Erevan foi de encher o olho e Roberto Martínez defendeu que ainda há margem para a seleção fazer melhor: “Na seleção o que temos é o talento individual, depois precisamos de trabalhar juntos, olhar para as dinâmicas, as ligações. Vai ser o 32.º jogo desde que cheguei. Isso cria um aspeto diferente. Tudo faz parte, aumentámos o grupo, há uma maior competitividade nas posições, jogadores que entram para fazer a diferença. O desafio é claro: continuar a crescer”, disse o selecionador, que em junho liderou a equipa na conquista da Liga das Nações.Bernardo Silva foi o jogador escolhido para antecipar a segunda partida do Grupo F ao lado do selecionador e disse acreditar que será a chave da qualificação, por ser a deslocação teoricamente mais difícil. Questionado sobre isso, Roberto Martínez reafirmou o que tem dito e sem revelar se o médio do Manchester City será um dos titulares: “Já falámos que a fase de apuramento só tem seis jogos. O jogo-chave é o próximo. O jogo de amanhã [hoje] é essencial, para poder demonstrar o mesmo foco e atitude. Depois, o resultado acontece. Precisamos de focar todos os jogos como sendo muito importantes.”Marco Rossi e “a lenda”E se Portugal venceu no arranque do apuramento, a Hungria desperdiçou uma vantagem de dois golos diante da República da Irlanda (2-2). Um empate que Marco Rossi não se importava de repetir frente ao favorito do grupo, que até se pode dar ao luxo de decidir se utiliza “uma lenda (Cristiano Ronaldo)” ou não.“Vamos jogar perante um grande público, na Puskás Aréna. Queremos ver sorrisos no rosto dos adeptos no final do jogo. Os portugueses podem colocar praticamente qualquer jogador no onze inicial que nada muda. Nós não dispomos de um plantel tão forte. O nosso dever é dificultar a vida aos portugueses. Se formos espertos e tivermos alguma sorte, o jogo poderá terminar com um resultado positivo. O objetivo é tentar ganhar e, no mínimo, conquistar o empate”, disse o italiano, que orienta a seleção húngara desde 2018.No outro jogo do Grupo F, a Rep. Irlanda, próximo adversário da seleção portuguesa, joga com a Arménia. isaura.almeida@dn.pt