Harder fez de Gyökeres e tranquilizou o leão antes da ida ao Dragão
RODRIGO ANTUNES/LUSA

Harder fez de Gyökeres e tranquilizou o leão antes da ida ao Dragão

Boa primeira parte do Sporting e segunda parte sofrível, com muitos jogadores presos por arames em termos físicos, em mais uma vitória importante que continua a valer a liderança com algum conforto
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O Sporting venceu em Alvalade o Farense por 3-1 e somou a 26ª vitória nos últimos 27 encontros disputados em Alvalade para a I Liga (a exceção foi a derrota com o Santa Clara), sabendo que irá pelo menos manter a vantagem de 6 pontos na liderança sobre os rivais, em vésperas da deslocação ao Dragão.

Gyökeres não fez parte do onze inicial leonino, mas nem no banco se sentou, tal como Morita, que também tem passado por problemas físicos. De resto, Rui Borges não fez poupanças e mandou para jogo futebolistas como Diomande, Maxi Araújo, Hjulmand e Trincão, que há muito vêm sendo titulares de forma consecutiva.

O Sporting começou pressionante, não parecendo com a “ressaca europeia” que muitas vezes afeta as equipas, depois da partida diante do Bolonha. Os verdes e brancos chegaram ao 1-0 logo aos 10’, com Fresneda a aparecer na grande área dos visitantes e a desviar cruzamento de Harder.

O leão jogava de forma rápida e incisiva, com Hjulmand a mandar no meio-campo, enquanto Fresneda e Maxi Araújo, ao contrário do que tem sido habitual, eram duas mais-valias ofensivas nos flancos. Trincão no seu jeito “vagabundo”, inventava boas jogadas e Harder não parava um segundo, a dar muito trabalho aos centrais adversários. Faltava no entanto mais brilhantismo do apagado Quenda e mais acerto de Daniel Bragança, longe de bons níveis físicos depois de recuperado de lesão.

Entretanto, o azar voltou a aparecer em Alvalade, com mais uma lesão, desta vez de Geny Catamo, obrigado a sair de maca aos 25’ e rendido por João Simões. No entanto, em contraponto com esta má notícia, os campeões nacionais chegaram ao 2-0 no lance imediatamente a seguir à saída do moçambicano, outra vez através de um defesa, por Diomande, desviando de cabeça pontapé de canto de Trincão. Se Fresneda tinha feito a estreia a marcar enquanto sénior, o costa-marfinense faturou pela primeira vez na temporada em curso, na 11ª assistência de Trincão.

O Sporting tirou o pé do acelerador nos dez minutos finais da primeira parte e primeiro, Tomané avisou com um remate intercetado por Gonçalo Inácio, com Lucas Áfrico a reduzir para 1-2 aos 45´+2, num lance inicialmente invalidado por alegado fora de jogo, mas revertido por António Nobre após indicação do VAR Luís Ferreira. E ao terceiro jogo de leão ao peito, ao fim de 225 minutos, Rui Silva sofreu um golo… sem ter ainda tido necessidade de fazer qualquer defesa.

O Sporting continuava adormecido após o intervalo, o que não seria alheio ao facto de as pilhas terem acabado e vários jogadores estarem presos por arames do ponto de vista físico. Rui Borges certamente quereria refrescar a equipa, mas olhava para o banco e via os defesas Esgaio, Debast, Matheus Reis, Eduardo Quaresma e St. Juste, mais os “bês” Afonso Moreira e Rafael Nel.

O jogo do Sporting era mastigado, diante de um Farense cada vez mais atrevido, embora sem criar grande perigo junto da baliza de Rui Silva. Aos 72’ Gonçalo Inácio falhou o 3-1 de forma incrível e aos 77’ Daniel Bragança (mais um lesionado) foi rendido por Matheus Reis. Harder também esteve perto do golo, o Farense ameaçou depois de um desentendimento entre Rui Silva e Gonçalo Inácio, até que aos 88’ Harder faturou com o peito, após cruzamento de Matheus Reis, tranquilizando os 43 mil presentes em Alvalade, atrevés de uma finalização… com o peito. Harder não é Gyökeres (quem é no futebol mundial?) mas tem muita qualidade, parece em condições de evoluir cada vez mais e já soma 9 golos e 4 assistências em 1046 minutos de utilização na época em curso.

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