Frederico Varandas procura recorde de troféus e Rui Costa título e vantagem nas eleições
O título de campeão também pode ser histórico e decisivo ao nível das presidências de Sporting e Benfica. Se para Frederico Varandas o bicampeonato será o oitavo troféu desde que assumiu a liderança leonina, para Rui Costa, o 39.º título da história do Benfica significa vantagem nas eleições de outubro.
Eleito em setembro de 2018, no conturbado período pós-Bruno de Carvalho, Frederico Varandas conquistou dois campeonatos (2020/21 e 2023/24), uma Taça de Portugal (2018/19), três Taça da Liga (2018/19, 2020/21 e 2021/22) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2021).
Este ano o presidente leonino procura uma inédita dobradinha (campeonato e taça) e um lugar na história, como o presidente mais titulado da história do emblema leonino. Para já tem os mesmos sete troféus do antigo presidente João Rocha e ambiciona erguer o oitavo no sábado (18h00), dia do jogo com o Vitória de Guimarães.
Se conseguir o bicampeonato que escapa ao Sporting há 71 anos (desde 1953/54), o dirigente chega aos três campeonatos em sete anos de presidência e iguala os três títulos que João Rocha celebrou em 13 anos de mandato e ficando apenas atrás dos cinco de António Ribeiro Ferreira, presidente no reinado dos Cinco Violinos.
Para o líder leonino este é também aquele que convencerá (ou não) os sportinguistas de que também consegue vencer sem Ruben Amorim. Se até agora a conquista dos troféus estava intimamente ligada ao treinador que saiu em dezembro para o Manchester United, fazendo tremer a época, com uma aposta em João Pereira antes da contratação de Rui Borges, a conquista em 2024/25 seria dele por ter emendado a mão a tempo.
Título como trunfo eleitoral
Rui Costa tem mais tempo de futebol e de dirigismo, mas menos na cadeira do poder do que Varandas. Depois de mais de uma década como diretor-desportivo, vice-presidente e administrador da SAD, o antigo jogador assumiu a presidência do Benfica a 9 de julho de 2021, após a suspensão de funções de Luís Filipe Vieira e foi campeão na primeira época a solo (2022/23).
O título com o treinador da sua confiança, Roger Schmidt, permitiu jogar e vencer a Supertaça Cândido de Oliveira, em 2023. Mas foi preciso esperar por este ano para voltar a levantar um troféu, a Taça da Liga.
Rui Costa ambiciona por isso ser campeão pela segunda vez em três épocas e meia e a primeira dobradinha como dirigente. Mas o título 2024/25 significa também o ganhar vantagem para o ato eleitoral de outubro.
João Diogo Manteigas já é candidato assumido, João Noronha Lopes está a ponderar a candidatura, depois de ter sido derrotado por Luís Filipe Vieira em 2020, e Marco Galinha (presidente do grupo BEL, acionista da Global Media, dona do DN) já admitiu que pondera avançar. Mas um título roubado ao Sporting na última jornada da I Liga convenceria certamente muitos adeptos a apoiar uma recandidatura de Rui Costa.
Para construir esse cenário favorável é preciso fazer melhor resultado do que os leões, no jogo da 34.ª jornada da I Liga, com o Sp. Braga, no sábado, às 18h00.
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