França. Imune a críticas Deschamps persegue feito inédito

França. Imune a críticas Deschamps persegue feito inédito

O pequeno general tem de eliminar a Espanha se quiser disputar a sua quarta final como selecionador e poder ser o primeiro a celebrar um título europeu e mundial como jogador e treinador.
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Didier Deschamps cumpre hoje 12 anos no banco da França. Um caso raro de longevidade e de sucesso. Esteve em três das últimas quatro finais continentais. “Podem contar comigo para manter a seleção francesa ao mais alto nível internacional”, declarou após a renovação do contrato, depois de perder a final do Mundial2022 para a Argentina.

Uma promessa que os adeptos franceses estão prontos a cobrar-lhe neste Europeu, em que procura um feito inédito: ser Campeão Europeu e Mundial como jogador e treinador. “Isso não é uma motivação. O objetivo gira em torno da seleção francesa e do que somos capazes de alcançar”, respondeu à UEFA o selecionador francês de 55 anos.

O futebol praticado pela seleção gaulesa tem deixado a desejar. Apesar de um plantel de excelentes jogadores, a França chega às meias-finais depois de eliminar Portugal nos penáltis e agora terá de ultrapassar a Espanha, que segundo o selecionador francês é a seleção que tem jogado melhor futebol. Mas o jogo bonito não o move, interessa-lhe é vencer.

“Sou totalmente imune a tudo o que possa acontecer externamente através dos media, seja na TV ou na imprensa escrita, e isso dá-me tranquilidade. Se alguma vez houver pressão sobre mim, é apenas adrenalina, e só existe porque temos sucesso e conseguimos vencer”, disse o francês que é “completamente avesso a redes sociais”.

Racional e científico, o gaulês é um devorador de livros de gestão, desenvolvimento pessoal e poder da mente e foi assim que conseguiu que os atletas acreditassem que podiam ser Campeões do Mundo na Rússia, em 2018, mesmo depois de perder a final do Euro2016 para Portugal.

Nascido em Bayonne (15 de outubro de 1968), na parte basca francesa, o jogador que era conhecido como “o pequeno general”, venceu um Campeonato do Mundo (1998) e um Campeonato da Europa (2000), tendo já repetido a conquista como selecionador no Mundial2018, mas falta-lhe repetir a conquista do título europeu: “O mais importante é o que está à nossa frente.”

Para fazer história precisa vencer já amanhã a Espanha no 151.º jogo como selecionador (como jogador fez 103). E pensar que teve o pior começo dos últimos 50 anos na seleção francesa.

isaura.almeida@dn.pt

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