FC Porto distraiu-se em Roma e complicou as contas europeias
EPA/ETTORE FERRARI

FC Porto distraiu-se em Roma e complicou as contas europeias

Dragões sofreram um golo a fechar a primeira parte e outro em cima do apito final. Lazio segue líder só com vitórias, após vencer portistas pela primeira vez em cinco duelos.
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O FC Porto perdeu hoje com a Lazio em Roma e deu seguimento à irregular participação na renovada Liga Europa, que contrasta com o bom desempenho nas provas caseiras. A derrota por 2-1 serve de aviso antes da deslocação à Luz, no próximo domingo, além de complicar as contas europeias, com a equipa portista a manter-se na zona de perigo. 

A ausência de Nico González no onze foi a maior surpresa de Vítor Bruno em Roma. O treinador portista deixou o habitual titular no banco (talvez a pensar no clássico de domingo com o Benfica), apostando nas entradas de Eustáquio e Galeno para enfrentar o líder da prova, que foi a primeira equipa a criar perigo. Aos sete minutos, Tchaouna recuperou antes do meio-campo e desmarcou Taty Castellanos, que falhou a baliza por pouco.

Um minuto depois bateu mesmo o guarda-redes portista, mas o lance foi invalidado e deu nova vida aos dragões. Aos 34 minutos, um ataque rápido liderado por Samu acabou nos pés de Fábio Vieira, que chutou em jeito e viu a bola ir à trave. Foi a primeira de três situações de perigo criadas pelos portistas em três minutos, mas nem Samu nem Nehuén Pérez foram bem-sucedidos. 

O FC Porto era dono e senhor do jogo nesta altura e Samu esteve mais uma vez perto do golo à passagem dos 45 minutos, mas, em plena pequena área, viu a bola teleguiada desde os pés do jovem Martin Fernandes, o rei das assistências para golo, passar-lhe à frente das botas sem conseguir fazer o desvio para a baliza romana.

 Fazendo valer a velha máxima de quem não marca sofre, a Lazio inaugurou o marcador antes do intervalo. Na sequência de um canto, Taty Castellanos ganhou nas alturas e cabeceou para o primeiro poste, onde apareceram dois jogadores sem marcação... e Romagnoli, também de cabeça, bateu Diogo Costa. Um golo que servirá para o técnico mostrar como ainda há coisas a trabalhar para melhorar dinâmicas defensivas e nos lances aéreos.

O golo desequilibrou a balança para o lado dos da casa, mas, queixar-se da pouca sorte não seria estratégia a usar por Vítor Bruno, que recorreu aos suplentes de luxo para tentar anular a desvantagem. Percebendo que as saídas com bola não estavam a ser bem-sucedidas, o técnico mexeu na equipa, com uma tripla substituição com o objetivo de subir o bloco defensivo e lateralizar o jogo com Pepê, Nico González e João Mário.

Aposta que levou a um reposicionamento de Fábio Vieira, que passou a atuar em zonas mais interiores e de maior amplitude. Aos 66 minutos, o médio desenhou o lance da igualdade. Desmarcou Galeno, que cruzou atrasado para Eustáquio finalizar sem problemas. Feito o empate, sucederam-se as más decisões por parte dos dragões, que sentiam dificuldades em lidar com o bloco subido da Lazio. O calcanhar de Fábio Vieira quase desmarcou Pepê na área, mas o brasileiro não decidiu da melhor forma e falhou a oportunidade de dar a volta ao marcador. 

Os romanos jogavam sem pressa e começaram a provocar o erro dos pouco experientes defesas portistas. E teriam sucesso em cima do apito final, em mais um golo sofrido na sequência de um cruzamento. Isaksen encontrou Pedro e o espanhol soltou a loucura nas bancadas do Olímpico de Roma. Ao quinto duelo, a Lazio venceu mesmo o FC Porto. 

isaura.almeida@dn.pt

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