Emoção, memória e banho de carinho na homenagem benfiquista a Eriksson

Emoção, memória e banho de carinho na homenagem benfiquista a Eriksson

Toni, Shéu, Humberto Coelho e Valdo entre as velhas glórias que recriaram um estágio para o treinador sueco se despedir.
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"É muito bonito! Muita sorte a Rui Costa e a todos os benfiquistas! Obrigado a todos os benfiquistas! Muito obrigado a todos!” Foi assim, de forma emocionada, que Sven-Göran Eriksson se dirigiu aos benfiquistas desde o relvado o Estádio da Luz, no último ato de uma homenagem histórica ao treinador sueco, que comandou o Benfica durante cinco temporadas.

Entrou em campo com uma guarda de Honra gloriosa. Toni, Humberto Coelho, Valdo, Rui Águas, Dimantino, José Carlos, Manniche, Carlos Manuel, Veloso, Shéu e Vítor Paneira entre muitos outros ex-jogadores aplaudiram o técnico que os liderou na década de 90. Isto enquanto os ecrãs gigantes passavam imagens da marcante passagem do treinador pela Luz e a claque Diabos Vermelhos exibia uma tarja com a mensagem: “Desde 1982 até sempre!” 

E foi ladeado pelos seus antigos jogadores que Eriksson abandonou o relvado perante uma estrondosa ovação de pé e já depois de receber uma lembrança das mãos do presidente Rui Costa. “É muito bonito, muito obrigado ao Benfica! Estive com os antigos jogadores. Estou muito emocionado, nunca esperei sentir o que senti. Vamos apoiar o Benfica. Espero que o Benfica consiga um resultado positivo. Nunca me esqueci do Benfica. O Benfica é enorme! É um grande na Europa e no Mundo. São muitas as recordações. Todos os adeptos querem que o Benfica ganhe, vim para apoiar”, confessou ainda na Tribuna Vip onde viu o jogo ao lado da filha e das antigas glórias. Só faltou mesmo Vata, que vive na Austrália e não conseguiu comparecer na homenagem.

Antes, o sueco, que em janeiro revelou sofrer de uma doença terminal e ter apenas cerca de um ano de vida, foi surpreendido pelos jogadores que treinou. Juntos recriaram esse estágio que precedeu o jogo de 18 de abril de 1990 diante do Marselha - o tal da famosa “mão de Vata” - que colocou o Benfica na final dos Clubes Campeões Europeus (que perderia para o AC Milan depois).

 Toni colocou-lhe a braçadeira de treinador e entregou-lhe a palavra para a última palestra de Sven-Göran Eriksson como treinador do Benfica. “As horas passam muito rápidas e são muito intensas, com muita emoção. Eriksson deixa um legado nos jogadores e nos adeptos do Benfica. Marca a história do Benfica e do futebol português. Os antigos jogadores surpreenderam-no. É uma alegria para todos nós”, confessou o antigo adjunto do sueco.

isaura.almeida@dn.pt

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