Elas também querem um clube que lhes pague para jogar. 1.º Estágio da Jogadora arranca hoje
Elas ainda lutam pelo primeiro contrato coletivo da história do futebol feminino português, mas isso não impede que o Sindicato de Jogadores pense nas jogadoras sem clube e numa forma de ajudar as atletas a manter a forma antes do arranque da época 2025/26. Por isso, pela primeira vez, o Sindicato dos Jogadores organiza em simultâneo a 23.ª edição do Estágio do Jogador e o projeto piloto do Estágio da Jogadora.
Ambos arrancaram esta quarta-feira, dia 16 de julho, com um treino às 10h00, no Campus do Jogador, em Odivelas, embora a sessão oficial de lançamento tenha lugar apenas amanhã, no Auditório João Lucas do Campus do Jogador, em Odivelas, com a presença do presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista e do embaixador João Vieira Pinto, para além de Pedro Proença, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que esta semana anunciou um pacote de apoio ao futebol feminino no valor de 22 milhões de euros.
Isabel Osório, ex-futebolista do Clube de Albergaria, Boavista e Valadares Gaia e treinadora no Atlético Ouriense, que trabalhou nos escalões de formação de clubes como o FC Porto, o Valadares Gaia e Sporting, vai liderar a equipa técnica do Estágio da Jogadora. O Estágio do Jogador será comandado por José Pedro, que se notabilizou como jogador ao serviço do Belenenses e Vit. Setúbal e sido adjunto de Jorge Silas.
“Este é um ano especial, pelo alargamento da missão do Estágio às jogadoras. Trata-se de um projeto piloto que queremos sedimentar no Campus do Jogador, apoiando as jogadoras no ativo e à procura de clube, mas também jovens jogadoras que queiram mostrar-se e ter contacto com a modalidade. É por isso que a nossa equipa técnica irá começar a trabalhar com um grupo de atletas previamente inscritas, mas abrirá, também, o espaço a captações", elogiou presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, agradecendo a disponibilidade dos técnicos para o projeto.
Nas 22 edições anteriores, dos 1282 participantes foram colocados 796 atletas, com uma taxa de emprego de 62%.
Além dos treinos e de alguns jogos de preparação, os atletas terão acesso a sessões de formação que visam a sua qualificação profissional na transição de carreira e apoio especializado ao desenvolvimento da performance como jogadores(as).