Djokovic volta à Austrália traumatizado com deportação
Três anos depois, Novak Djokovic ainda não ultrapassou o trauma de ter sido deportado da Austrália, em 2022, por não se ter vacinado contra a covid-19, e ficar impedido de jogar o Open da Austrália. “Fiquei um pouco traumatizado, para ser sincero”, admitiu o tenista em entrevista ao jornal Herald Sun, de Melbourne.
Há dois anos, o sérvio foi impedido de entrar na Austrália por motivos “de saúde e ordem pública” e ficou retido 10 dias num posto de imigração. Depois disso, Djokovic já voltou a Melboune para jogar e vencer o Grand Slam.
Agora que prepara o regresso a Melbourne e a entrada no primeiro Grand Slam da temporada - que se realiza entre domingo e o dia 26 de janeiro - recordou esse episódio, que lhe deixou marcas. “As últimas duas vezes que aterrei na Austrália, ao passar pelo controlo de passaportes e imigração revivi o trauma de há três anos. Quando passo pelo controlo, simplesmente paro para ver se alguém se aproxima na zona de imigração. Será que a pessoa que vai ver o meu passaporte vai levar-me, vai deter-me de novo ou deixar-me ir? Tenho de admitir que tenho essa sensação”, admitiu o tenista sérvio.
Aos 37 anos, e após uma temporada sem títulos em 2024, Djokovic procura o 11.º título no torneio australiano, o 25.º em torneios do Grand Slam e o 100.º no Circuito ATP.
Apesar de tudo, o antigo N.º 1 Mundial do ranking ATP assegurou que não ficou com mágoa em relação à Austrália: “Não guardo rancor. No ano seguinte voltei e ganhei. Os meus pais e toda a minha equipa estavam lá e foi realmente uma das vitórias mais emotivas que já tive, tendo em conta tudo o que passei no ano anterior.”
Aos 37 anos, e após uma temporada sem títulos em 2024, embora com uma Medalha de Ouro em Paris2024, Novak Djokovic procura agora o 11.º título de campeão no torneio australiano, o 25.º em torneios do Grand Slam e o 100.º título no Circuito ATP. “Antes de retirar-me, quero ganhar, pelo menos, mais um título na Austrália”, frisou.
Adversários dos portugueses
Henrique Rocha e Jaime Faria vão disputar a qualificação do Open da Austrália. O primeiro vai medir forças com o alemão Henri Squire na 1.ª ronda, sendo que na ronda seguinte mede forças com o vencedor do duelo entre o húngaro Márton Fucsovics e o espanhol Roca Battla. Já Jaime Faria tem pela frente o neerlandês Gijs Brouwer e, se seguir em frente, defronta o vencedor do duelo entre o sérvio Laslo Djere e o brasileiro Gustavo Heide. Para entrarem no quadro principal, os portugueses terão de vencer três encontros.
Com presença garantida no Open da Austrália, o melhor português da atualidade, Nuno Borges, apurou-se para a 2.ª ronda do ATP 250 de Auckland. O 36.º do Ranking ATP venceu o italiano Luciano Darderi (44.º ATP), por 5-7, 6-3 e 7-5. Na 3.ª ronda irá enfrentar o vencedor do duelo entre o argentino Mariano Navone e o francês Adrian Mannarino.
isaura.almeida@dn.pt