Diogo Costa: "Como jogador da casa sinto-me envergonhado"
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Diogo Costa: "Como jogador da casa sinto-me envergonhado"

Guarda-redes do FC Porto deu a cara no final do empate com o Famalicão (2-2) esta tarde no Dragão e não escondeu a frustração por mais dois pontos perdidos, pedindo ainda uma reflexão interna. Sérgio Conceição criticou arbitragem e colocou o lugar nas mãos de Pinto da Costa.
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Diogo Costa sofreu dois golos e o FC Porto empatou com o Famalicão (2-2). No final do jogo da 29.ª jornada da I Liga, o guarda-redes deu a cara como capitão (na ausência de Pepe,que cumpriu castigo) e falou do mau momento da equipa e de uma crise de resultados poucas vezes vista na era Sérgio Conceição. “O nosso estado emocional não é o melhor. Entramos sempre entrar a perder. Temos de olhar para nós. Há muita coisa a melhorar, principalmente na nossa cabeça. Esta não é a melhor maneira de representar o FC Porto. Temos muito que pensar. Olhar para dentro e ser humilde. Quando falamos em defesa ela começa nos avançados. Sempre treinámos muito bem, mais uma vez entrámos a perder, reagimos, mas já vamos tarde. Há muita revolta, não é fácil de lidar, mas temos de olhar para nós e temos fazer melhor”, disse o número 1 da baliza portista.

“Como jogador da casa sinto-me envergonhado. É muito trabalho e muito azar, muita gente contra nós, mas temos de melhorar o nosso controlo emocional e ir à procura de melhor. Temos de deixar a revolta de lado e fazer o melhor para o nosso clube. Temos de ser mais inteligentes que os adversários. Eles procuram picar-nos porque sabem que somos emocionais, mas temos de ter esse controlo”, confessou o guardião.

obre a expulsão de Evanilson “Temos de ser mais inteligentes que os adversários. Eles tentam picar-nos porque sabem que somos muito emocionais, mas temos de ter esse controlo para poder dar o melhor ao clube.”

Já Sérgio Conceição voltou a ser muito crítico em relação às arbitragens e deixou no ar acusações a terceiros, a quem acusou de querer tirar a região Norte do mapa desportivo. Já na sala de Imprensa colocou o seu futuro nas mãos de Pinto da Costa: "Eu estou aqui até que o presidente decida. A minha duração e longevidade não tem a ver com os meus lindos olhos, mas com o meu trabalho. A partir do momento que o presidente ache que é preciso algo mais na equipa para acabar a época, está completamente tranquilo."

“O primeiro remate do adversário é golo. Andamos sempre a correr atrás do prejuízo. Depois há situações muito dúbias. Há muita facilidade em expulsar jogadores nossos. Estou a lembrar-me de uma ou outra situação em que era o segundo amarelo para o jogador do Famalicão. Não quero só falar dessas situações, houve demérito nosso. Podíamos e devíamos ter feito mais na primeira parte. Está um ambiente difícil por tudo. Hoje é simples e fácil. Querem meter esta região norte fora do mapa do sucesso desportivo, que a equipa tem de ter em Portugal e na Europa”, disse o técnico do FC Porto sem concretizar a ideia. 

Depois de uma semana em que sentiu que a equipa fez bons treinos e deu tudo na preparação do encontro com o Famalicão, o treinador esperava outra atitude e resultado: “Este ambiente que se vive não é bom para ninguém. Cabe a nós mudar. Há, também, a infelicidade de a terceira equipa jogar contra nós. Mas, disso, não vale a pena falar mais. Agora, há que baixar a cabeça para depois voltar a levantar.”

A equipa saiu do relvado assobiada pelos próprios adeptos. Algo normal, segundo Conceição: “Momento difícil para todos, os nossos adeptos têm toda a legitimidade e razão para assobiar, porque não ganhamos. Estranho foi na última semana, frente ao Vitória de Guimarães, aplaudirem quando perdemos. Estou habituado a públicos exigentes. Mas, quanto ao jogo, é um arrastar do momento.”

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