Dinamarca dá banho de realidade e atira Portugal para a luta pelo bronze mundial
EPA/Bo Amstrup

Dinamarca dá banho de realidade e atira Portugal para a luta pelo bronze mundial

Seleção nacional de andebol sofreu a primeira derrota no Campeonato do Mundo (40-27) e foi sem surpresa afastada da final pela tricampeã, que irá discutir o título com a Croácia. No domingo, os portugueses vão jogar com a França, que é número 2 do ranking mundial, para tentar chegar ao pódio.
Publicado a
Atualizado a

Chegado o momento mais alto do andebol nacional... Portugal levou um banho de realidade. Mas todas as derrotas fossem como a de hoje diante da Dinamarca (40-27), porque ainda há uma medalha de bronze em jogo. No domingo (14.00, RTP2), os portugueses vão jogar com a França, que é número 2 do ranking mundial, para tentar chegar ao pódio. O ouro vai ser disputado entre a Dinamarca e a Croácia.

Depois de chegar às meias finais, a seleção portuguesa precisava de mais um jogo estratosférico para chegar à final do Mundial de andebol, mas esteve longe disso. As transições rápidas da tricampeã mundial e uma grande exibição daquele que é considerado o melhor guarda redes de andebol do Mundo desnivelou o resultado a favor dos favoritos à conquista do mundial.

Frente a frente as únicas duas equipas sem derrotas no Mundial. A diferença é que a campeã Dinamarca teve um percurso mais suave do que o da equipa surpresa do mundial, Portugal, até às meias finais.

A entrada em jogo na Unity Arena, em Oslo, foi sofrida e estranha, com uma tripla exclusão de dois minutos que deixou a equipa portuguesa com apenas três jogadores de campo. A tricampeã mundial aproveitou a superioridade numérica para se distanciar no marcador e chegar a uma vantagem de cinco golos.

Era preciso controlar as emoções enervando ao mesmo tempo a fria a calma Dinamarca. Objetivo conseguido após uma pausa técnica de Paulo Jorge Pereira. O selecionador lembrou que a turbulência inicial já tinha passada e Portugal estava de novo dentro do jogo. E quase empatava o jogo aos 15-15, mas Frade não o conseguiu.

A meio da primeira parte, a seleção portuguesa voltou a oscilar, fruto de alguma desatenção e pequenos grandes erros, tanto dos mais jovens como dos mais experientes. E de uma grande exibição de Emil Nielsen, esteve imperial na baliza e voltou a desnivelar do resultado. De figura pouco atlética à primeira vista o guardião nórdico fez mais de 20 grandes defesas e acabou eleito o melhor em campo.

Ao intervalo a seleção portuguesa perdia por 20-16. Podia ter sido pior, mas não fossem os erros e alguma desorientação e podia ser bem melhor. Entrar no segundo tempo a ter de recuperar de uma desvantagem de quatro golos não seria de assustar... não fosse o adversário ser a tricampeã mundial, que não perde um jogo num Mundial desde 2017.

Os primeiros minutos voltaram a ser problemáticos e rapidamente os dinamarqueses se colocaram a vencer por oito...nove... dez golos de vantagem. Aos 40 minutos, já só restava tentar voltar a mostrar o bom andebol que levou a seleção a vencer três seleções do top-10 mundial, mas o fim já foi de desalento e já com o pensamento nesse jogo de domingo, de atribuição da medalha de bronze.

No pior dos cenários, Portugal termina o Campeonato do Mundo num inicialmente impensável 4.º lugar.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt