Benfica volta ao Maracanã de Belgrado e Bruno Lage espera ir mais longe do que foi em 2019-20
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Benfica volta ao Maracanã de Belgrado e Bruno Lage espera ir mais longe do que foi em 2019-20

Treinador benfiquista diz que não tem tempo a perder com questões colaterais: “É jogar e ganhar.” Encontro com o Estrela Vermelha é às 17.45 (Sport TV5).
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O Benfica volta a jogar no Marakana - o famoso Maracanã de Belgrado -, onde há 40 anos perdeu com o Estrela Vermelha, adversário de amanhã (17.45, Sport TV5) na estreia na renovada Liga dos Campeões. Uma competição onde Bruno Lage procura ser feliz, depois de uma má campanha em 2019-20, época em que ficou pela fase de grupos, com duas vitórias, um empate e três derrotas.

Vencer o atual heptacampeão sérvio é, assim, também um desafio pessoal para o técnico, que procura a primeira vitória fora na Champions. A deslocação à Sérvia servirá para ver como a equipa se porta nos palcos europeus, apesar do pouco tempo de trabalho do novo técnico e do triunfo diante do Santa Clara (4-1), num momento conturbado para o clube, mas Bruno Lage mostrou-se com pouca paciência para assuntos colaterais: “Não tenho tempo a perder com essas questões. O que quero é que a equipa tenha dinâmica de vitória, vá atrás dessa cultura, dando sequência ao trabalho que temos feito. Temos de nos focar no que podemos fazer em campo. É jogar e ganhar.”

Segundo o treinador do Benfica, tem “sido fácil blindar” o balneário à ruído exterior. “Estamos focados no trabalho e os atletas têm a experiência de saber onde focar. Criar dinâmicas e comportamentos tem sido o nosso foco. Depois do Santa Clara, referir que vários comportamentos foram bons e um deles foi a ambição de vencer e fazer bem. Queremos prolongar isso. É representar em campo o que o clube representa”, defendeu o técnico, que tem nove jogadores à espera de se estrearem na Champions. Casos de Carreras, Beste, Leandro Barreiro, Rollheiser, Prestianni, Pavlidis, João Rego, Bajrami e André Gomes.

Esta será apenas a segunda vez que os dois clubes se encontram oficialmente, depois de se terem defrontado em 1984-85, na 1.ª eliminatória da então Taça dos Clubes Campeões Europeus. Nessa época, as águias acabariam por vencer em Lisboa (2-0), depois de terem perdido na em Jugoslávia (3-2), no atual Estádio Rajko Mitic, mais conhecido por Marakana. O recinto tinha uma lotação a rondar os 110 mil adeptos e semelhanças com o gigante estádio do Rio de Janeiro e acolheu o Brasil no último jogo de Pelé ao serviço da seleção brasileira em 1971, ano em que foi reinaugurado com o Benfica de Eusébio como convidado e uma vitória dos encarnados (3-2).

O jogo de hoje será certamente diferente desse e daquele de há 40 anos, mas, segundo Bruno Lage, será disputado com a mesma paixão pelo futebol. “O Estrela de Vermelha defende com uma linha de 4, portanto a dinâmica defensiva é logo diferente da do Santa Clara. Temos de perceber como eles pressionam e que tipo de espaço oferecem, para tentarmos aproveitar. Olhar para o adversário e em função das nossas características, escolher a melhor estratégia. Fizemos um bom trabalho nos últimos dias, em dar aos atletas toda a informação para fazerem um bom jogo”, disse o técnico, sem querer revelar as conversas que tem tido com Aursnes, que é “solução” para hoje.

A influência de Schmidt

Para Bruno Duarte, avançado brasileiro que em Portugal representou o Vit. Guimarães e o Farense, “o Estrela Vermelha é enorme, tão grande quanto o Benfica”, mas com uma “diferença ao nível do investimento”. Já o treinador da equipa sérvia relativizou a mudança de equipa técnica na Luz. “Aprecio muito o ex-treinador Schmidt, do tempo do Leverkusen e da China. Deixou uma marca profunda no Benfica, mas o novo treinador também conhece o sistema. É preciso compreender que se trata de um clube que tem um sistema estabelecido há anos. Quando assim é, e quando funciona, as mudanças não causarão grandes problemas”, disse Vladan Milojevic, que pediu aos seus jogadores para desfrutarem do jogo com o Benfica, simplesmente, porque eles “merecem”.

isaura.almeida@dn.pt

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