Auriol Dongmo e mais dois medalhados  portugueses à procura de pódios nos mundiais de atletismo
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Auriol Dongmo e mais dois medalhados portugueses à procura de pódios nos mundiais de atletismo

Lançadora do peso conquistou o bronze nos europeus de pista curta há 15 dias. Isaac Nader também na luta por medalhas. vice-campeã europeia Salomé Afonso tem missão dificultada nos 1500 metros.
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Ainda com as placas que a ajudaram a recuperar da fratura na perna em 2023 (e que terá de tirar mais dia menos dia), Auriol Dongmo vai tentar conquistar nova medalha ao serviço de Portugal, nos Mundiais de Atletismo de pista coberta (indoor), em Nanjing (China). Há duas semanas conquistou uma medalha de bronze no lançamento do peso nos Europeus de pista curta de Apeldoorn, naquele que foi o regresso da atleta à grandes competições internacionais.

Desde que representa Portugal (outubro de 2019), a lançadora tem conseguido sempre subir ao pódio, tanto em europeus como em mundiais. Apenas nos Jogos Olímpicos ainda não o conseguiu. Em Tóquio2020 foi 4.ª e falhou Paris20204, por ter partido a perna. Agora, a atleta que só fica "feliz com ouros", está na China para tentar novo feito, mesmo que sinta que não está a "100%".

Auriol tem estado em crescendo e, embora os 19,26 metros estejam aquém dos 20.46 metros que lhe deram o ouro nos mundiais indoor, em 2022, a lançadora do Sporting é a quinta melhor entre as inscritas, imediatamente à frente da outra portuguesa, Jessica Inchude, a vencedora da Taça da Europa de lançamentos.

Este é o primeiro Mundial do ciclo Olímpico Los Angeles2028 e reunirá 576 atletas (264 mulheres e 312 homens) de 127 países. Portugal tem uma comitiva muito reduzida no 20.º Mundial Indoor (pista coberta). Apenas um atleta conseguiu marca direta de apuramento (Isaac Nader) e foram ainda selecionados mais seis atletas para representar Portugal em Nanjing, duas semanas depois dos Europeus de Apeldoorn, onde, para além de Auriol Dongmo, também Salomé Afonso (medalha de prata nos 1500 metros e medalha de bronze nos 3000 metros) e Isaac Nader (medalha de bronze nos 1500 metros nos Europeus) conquistaram medalhas.

O casal de atletas chega a Nanjing com possibilidades de medalha, mais ele que ela. O algarvio tem a segunda marca entre os inscritos, atrás do campeão Jakob Ingebrigtsen e por isso tem aspirações legítimas em conseguir um lugar no pódio. Já Salomé vai concentrar-se nos 1500 metros, prova em que tem a 13.ª melhor marca entre as presentes, depois da desistência de última hora da campeã da Europa, a francesa Agathe Guillemot.

Fazem também parte da comitiva, Abdel Larrinaga e Gerson Baldé, Jessica Inchude (medalha de ouro na Taça da Europa de Lançamentos) e Patrícia Silva (inscrita nos 800 e nos 1500 metros). Gerson Baldé (salto em comprimento) está em grande forma e a saltar acima dos 8 metros e tem a nona melhor marca entre os inscritos (8,11 metros) e pode ser uma das surpresas da comitiva nacional. Abdel Larrinaga é o 23.º, à partida dos 60 metros barreiras.

Irá Duplantis bater o recorde mundial pela 12.ª vez?

A competição estava agendada para 2020, mas a pandemia de covid-19 impossibilitou a realização do evento, sendo remarcado para março de 2021 e, depois, para março de 2023, acontecendo apenas agora. A World Athletics decidiu então pelo adiamento definitivo para 2025, mantendo o Mundial de Glasgow em 2024 e assim, de forma excecional, o Mundial Indoor será realizado em três anos consecutivos, uma vez que, em 2026, acontecerá de novo, em Torun, na Polónia, retomando a sua periodicidade regular a partir de 2028.

Muitos atletas de topo, como Pedro Pichardo - está a fazer um estágio na Costa Rica - prescindiram de competir nas provas de Inverno, com apenas 11 campeões e 20 medalhados olímpicos em Paris2024 na lista de inscritos. Entre eles, o recordista mundial Armand Duplantis, da Suécia (salto com vara), que prescindiu dos europeus.

O sueco já bateu o recorde mundial por 11 (!) vezes - a última vez há duas semanas, depois de saltar 6,27 metros - e confia que vai continuar a estabelecer novos máximos: “Sinto que não atingi ainda o salto que julgo ser o meu máximo. Estou confiante de que estou numa tendência ascendente e que ainda tenho grandes saltos para dar.”

Os atletas finalistas em cada disciplina terão prémios monetários, com os vencedores a receberem 40 mil dólares (36,8 mil euros) e o sexto quatro mil (3,6 mil euros).

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