Pedro Proença (Lista 1) ou Nuno Lobo (Lista 2), um deles irá suceder a Fernando Gomes na presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) até 2028. O ato eleitoral de sexta-feira coloca um ponto final numa era dourada, com títulos inéditos ao nível da seleção principal, como o Euro2016 e a Liga das Nações 2019, que deram saúde financeira ao organismo que rege o futebol nacional - o orçamento atual é de 120,4 milhões de euros.A federação é hoje uma bandeira do futebol, futsal e futebol de praia, e o grande desafio do próximo líder será lidar com o dossiê da organização do Mundial2030, juntamente com Espanha e Marrocos. No imediato, ao nível das seleções, há uma fase final da Liga das Nações a arrancar - Portugal defronta a Dinamarca no dia 20 de março.O presidente da Liga Portugal leva vantagem aparente sobre o presidente da Associação de Futebol de Lisboa. Se for eleito o 35.º presidente da FPF, Proença promete aumentar o peso social da federação, ser “totalmente livre e fazer o que ainda não foi feito”.A promessa maior entre as 433 medidas propostas no Programa Eleitoral é mesmo “defender o futebol”. Proença promete começar a luta pela base, ou seja, aumentar a prática desportiva através do aumento da atividade física desde a escola: “Quero uma explosão de praticantes na base para ter troféus no topo da cadeia.”E defende “um pacto” entre “clubes, atletas, árbitros e Estado” para que a disciplina seja “profissional, rápida, explicável e próxima de todos os agentes”. Quer ainda profissionalizar a arbitragem e criar a Direção Técnica Nacional de Arbitragem, além de pretender “relançar” a Supertaça, que será disputada... num país estrangeiro.Segundo dados revelados pela FPF em janeiro, há 239 168 praticantes federados de futebol e futsal, mais 508 do que no final da temporada passada. O futebol e o futsal feminino cresceram 1,5% na última década, sendo agora praticado por 19 366 atletas, mas, “sem medo das palavras”, o candidato da Lista 1 disse na apresentação da candidatura que “é preciso fazer mais”, porque “a próxima década tem de ser delas”. A seleção feminina de futebol vai jogar este ano o terceiro Europeu da história, depois de 2017 e 2022.A promoção do Desporto Feminino também faz parte dos planos de Nuno Lobo, o candidato “contra o sistema” que quer aumentar o número de atletas “e reduzir as desigualdades salariais e de visibilidade entre desporto masculino e feminino”.Dar continuidade ao trabalho de Fernando Gomes é um dos três pilares da Lista 2, que promete construir uma delegação da FPF e uma Cidade do Futebol no norte do país, no eixo Porto-Braga, reforçar o apoio às associações distritais em cinco milhões de euros e criar um Fundo de Emergência para o futebol profissional e não-profissional, no valor de 15M€.“Quero que a FPF e os seus dirigentes tenham uma voz ativa e sempre presente na defesa dos interesses do futebol, do futsal e do futebol de praia. Ser proativos em todas as matérias que visem os critérios da transparência e da sustentabilidade em todas as modalidades que compõem o universo desportivo da FPF2”, disse ao DN.Presidente da AF Lisboa desde 2013, Nuno Lobo pretende manter Roberto Martínez no cargo de selecionador e o setor da Arbitragem dentro da federação. Quer reestruturar as competições desde os Distritais até à I Liga, assim como combater a corrupção através de “um novo modelo regulador que permita mais transparência na gestão dos clubes, bem como no combate a esquemas de corrupção e gestão fraudulenta”.Fernando Gomes, em funções desde 17 de dezembro de 2011 finaliza agora o terceiro e derradeiro mandato permitido por lei, sendo candidato à presidência do Comité Olímpico de Portugal.isaura.almeida@dn.pt.As 433 medidas de Pedro Proença: mais futebol feminino, uma Disciplina mais eficaz e Supertaça jogada no estrangeiro.Nuno Lobo já entregou a lista às eleições na FPF com Bruno Alves, Jorge Sousa e Calvão da Silva
Pedro Proença (Lista 1) ou Nuno Lobo (Lista 2), um deles irá suceder a Fernando Gomes na presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) até 2028. O ato eleitoral de sexta-feira coloca um ponto final numa era dourada, com títulos inéditos ao nível da seleção principal, como o Euro2016 e a Liga das Nações 2019, que deram saúde financeira ao organismo que rege o futebol nacional - o orçamento atual é de 120,4 milhões de euros.A federação é hoje uma bandeira do futebol, futsal e futebol de praia, e o grande desafio do próximo líder será lidar com o dossiê da organização do Mundial2030, juntamente com Espanha e Marrocos. No imediato, ao nível das seleções, há uma fase final da Liga das Nações a arrancar - Portugal defronta a Dinamarca no dia 20 de março.O presidente da Liga Portugal leva vantagem aparente sobre o presidente da Associação de Futebol de Lisboa. Se for eleito o 35.º presidente da FPF, Proença promete aumentar o peso social da federação, ser “totalmente livre e fazer o que ainda não foi feito”.A promessa maior entre as 433 medidas propostas no Programa Eleitoral é mesmo “defender o futebol”. Proença promete começar a luta pela base, ou seja, aumentar a prática desportiva através do aumento da atividade física desde a escola: “Quero uma explosão de praticantes na base para ter troféus no topo da cadeia.”E defende “um pacto” entre “clubes, atletas, árbitros e Estado” para que a disciplina seja “profissional, rápida, explicável e próxima de todos os agentes”. Quer ainda profissionalizar a arbitragem e criar a Direção Técnica Nacional de Arbitragem, além de pretender “relançar” a Supertaça, que será disputada... num país estrangeiro.Segundo dados revelados pela FPF em janeiro, há 239 168 praticantes federados de futebol e futsal, mais 508 do que no final da temporada passada. O futebol e o futsal feminino cresceram 1,5% na última década, sendo agora praticado por 19 366 atletas, mas, “sem medo das palavras”, o candidato da Lista 1 disse na apresentação da candidatura que “é preciso fazer mais”, porque “a próxima década tem de ser delas”. A seleção feminina de futebol vai jogar este ano o terceiro Europeu da história, depois de 2017 e 2022.A promoção do Desporto Feminino também faz parte dos planos de Nuno Lobo, o candidato “contra o sistema” que quer aumentar o número de atletas “e reduzir as desigualdades salariais e de visibilidade entre desporto masculino e feminino”.Dar continuidade ao trabalho de Fernando Gomes é um dos três pilares da Lista 2, que promete construir uma delegação da FPF e uma Cidade do Futebol no norte do país, no eixo Porto-Braga, reforçar o apoio às associações distritais em cinco milhões de euros e criar um Fundo de Emergência para o futebol profissional e não-profissional, no valor de 15M€.“Quero que a FPF e os seus dirigentes tenham uma voz ativa e sempre presente na defesa dos interesses do futebol, do futsal e do futebol de praia. Ser proativos em todas as matérias que visem os critérios da transparência e da sustentabilidade em todas as modalidades que compõem o universo desportivo da FPF2”, disse ao DN.Presidente da AF Lisboa desde 2013, Nuno Lobo pretende manter Roberto Martínez no cargo de selecionador e o setor da Arbitragem dentro da federação. Quer reestruturar as competições desde os Distritais até à I Liga, assim como combater a corrupção através de “um novo modelo regulador que permita mais transparência na gestão dos clubes, bem como no combate a esquemas de corrupção e gestão fraudulenta”.Fernando Gomes, em funções desde 17 de dezembro de 2011 finaliza agora o terceiro e derradeiro mandato permitido por lei, sendo candidato à presidência do Comité Olímpico de Portugal.isaura.almeida@dn.pt.As 433 medidas de Pedro Proença: mais futebol feminino, uma Disciplina mais eficaz e Supertaça jogada no estrangeiro.Nuno Lobo já entregou a lista às eleições na FPF com Bruno Alves, Jorge Sousa e Calvão da Silva