Desporto
19 outubro 2021 às 20h23

Só Luis Díaz acertou na baliza e pôs o FC Porto na luta pelo apuramento

Golo do colombiano deu triunfo aos dragões frente ao AC Milan (1-0). Taremi foi eleito o melhor em campo, com seis remates e zero golos. Dia 3 de novembro voltam a encontrar-se em San Siro. Liverpool venceu At. Madrid e deu passo de gigante rumo ao apuramento.

Já não se encontravam há 18 anos. FC Porto e AC Milan mataram saudades num jogo com grande intensidade, mas de sentido único e domínio absoluto dos dragões, que chegaram aos 20 remates no jogo, para apenas um golo. Podiam ter sido três ou quatro se Taremi (eleito o melhor em campo) não desperdiçasse tanto.

Luis Díaz deu a primeira vitória nesta Liga dos Campeões e os primeiros três pontos, que mantêm os azuis e brancos na luta pelo apuramento. Até porque no outro jogo do grupo o Liverpool venceu o At. Madrid (3-2) e praticamente ficou apurado para os oitavos de final da Champions. Dia 3 de novembro, a equipa portista visita San Siro e os reds recebem os colchoneros.

O FC Porto jogou em 4x4x2 com Otávio mais para a direita. Desta forma o médio tornou-se importante também no esquema defensivo, ajudando João Mário a controlar o perigoso Rafael Leão. O treinador portista mudou cinco nomes em relação à goleada sofrida com o Liverpool (5-1): Pepe, Mbemba, Wendell, João Mário e Evanilson. O avançado brasileiro bisou no jogo da Taça de Portugal com o Sintrense e ganhou um lugar no ataque portista ao lado de Taremi. Um (Evanilson) segurava os centrais e o outro (Taremi) ia buscar jogo ao meio campo.

Stefano Pioli - apresentou um onze com muitas (seis) novidades em comparação com o apresentado frente ao At. Madrid - tinha apontado Luis Díaz como o dragão que mais o impressiona e o colombiano deu-lhe motivos para isso logo aos cinco minutos de jogo. O poste impediu o golo de Díaz, mas ficou o aviso para o que aconteceria no segundo tempo.

Aos poucos o FC Porto foi explorando as debilidades da defensiva dos rossoneri e ia criando perigo. Taremi falhou o alvo depois de ganhar posição na área para fazer estragos. O iraniano estava a treinar a pontaria para o que haveria de vir. Travou um interessante duelo pessoal com Kjaer e falhou o alvo aos 18, 24, 28 e 37 minutos!

Os portistas justificavam uma vantagem no marcador. Uribe e Sérgio Oliveira liam bem as intenções italianas e isso dava vantagem ao meio campo portista, tanto no posicionamento defensivo como nos desarmes, que possibilitavam saídas rápidas para o ataque de Luis Díaz e Otávio. Ossos do oficio, Sérgio e Uribe chegaram ao intervalo amarelados e isso de alguma forma condicionava a estratégia de Conceição para o segundo tempo e com o jogo totalmente em aberto.

O equilíbrio na posse de bola (51% a favor dos dragões) ao intervalo era enganadora... como provam os 11-1 em remates tentados à baliza a favor dos azuis e brancos. Apesar do forte caudal ofensivo, só um remate do FC Porto (Pepe aos 14 minutos) foi enquadrado com a baliza de Tatarusanu. Giroud fez o único remate dos italianos aos 43 minutos para defesa fácil de Diogo Costa, que voltou a merecer a confiança do técnico.

No regresso dos balneários, a primeira mexida de Sérgio Conceição foi imposta pela lesão de Wendell, que deu lugar a Zaidu. A primeira parte teve mais Porto, que criou mais perigo aproveitando as falhas do adversário na primeira fase de construção. Era preciso definir melhor para chegar ao alvo com êxito, mas Taremi voltou do intervalo com a mesma falta de pontaria e somou mais um remate com perigo aos 48 minutos. A bola passou a rasar o poste da baliza rossoneri.

A partida entrava na mesma toada do primeiro tempo. Empolgados por 32 mil adeptos nas bancadas do Estádio do Dragão, os portistas iam amassando os italianos e aos 52 minutos foi a vez de Otávio ficar perto do golo. Salvou Tomori. Pioli não gostava do que via e fez um tripla substituição, metendo Romagnoli, Kalulu e Ibrahimovic, que aos 40 anos voltou a jogar na Champions depois de quatro anos de ausência.

Logo depois, o FC Porto chegou ao golo por Luis Díaz. Os milaneses ficaram a pedir falta de Taremi no lance em que a bola sobrou para o colombiano atirar rasteiro e colocado. Feito o 1-0 os portista retraíram-se um pouco, mas não deixaram de procurar aumentar a vantagem. Acabado de entrar, Corona caiu na área e ficou a pedir grande penalidade, mas o árbitro mandou jogar. O resultado não iria sofrer alterações e só a disponibilidade e entrega de Taremi ao jogo mereceu aplausos na hora da saída. Se o resultado não fosse favorável aos dragões muito se iria escrever sobre o desperdício iraniano na busca pelo golo...

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isaura.almeida@dn.pt