Administrador da SAD do FC Porto suspeito de conluio com os Super Dragões

Administrador da SAD do FC Porto suspeito de conluio com os Super Dragões

Dirigente estava a par do clima de medo e de intimidação que terá sido montado pelos Super Dragões para impedir os apoiantes de André Villas Boas de se expressarem livremente na Assembleia Geral de novembro do ano passado, acreditam o Ministério Público e a PSP.
Publicado a
Atualizado a

Adelino Caldeira, administrador da SAD do FC Porto, estava a par do clima de medo e de intimidação que terá sido montado pelos Super Dragões para impedir os apoiantes de André Villas Boas de se expressarem livremente na Assembleia Geral de novembro do ano passado, acreditam o Ministério Público e a PSP.

De acordo com o Observador, o dirigente agia em conluio com a claque liderada por Fernando Madureira, um dos 12 detidos da Operação Pretoriano, que investiga as ações de membros da claque.

De acordo com uma nota publicada ao final da manhã de hoje na página da Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP), a operação investiga "a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimentos associados ao fenómeno desportivo, coação agravada e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou produtos líquidos e atentado à liberdade de informação".

Fonte policial disse anteriormente à agência Lusa que a mulher de Fernando Madureira, bem como Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, e o oficial de ligação aos adeptos do clube estão entre os 12 detidos, que serão presentes na quinta-feira a primeiro interrogatório judicial, tendo em vista a aplicação de medidas de coação.

Em comunicado, o Comando Metropolitano do Porto da PSP disse ter apreendido droga, uma arma de fogo, vários milhares de euros, três automóveis, mais de 100 bilhetes para eventos desportivos, dispositivos eletrónicos ou documentos de relevo para a operação.

A aprovação dos novos estatutos do FC Porto encabeçava a AG extraordinária de 13 de novembro de 2023, que teve de ser 'transferida' à última hora de um auditório do Estádio do Dragão para o pavilhão Dragão Arena, no Porto, devido à ampla afluência de sócios.

A AG recomeçou com atraso, mas diversas pessoas deixaram o recinto das modalidades dos 'azuis e brancos' ao fim de pouco tempo, na sequência de incidentes nas bancadas.

Suspensa logo no próprio dia pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), José Lourenço Pinto, a reunião foi adiada para 20 de novembro, mas seria desconvocada dois dias antes, com o Conselho Superior do clube a retirar a proposta estatutária em debate.

No dia seguinte à AG, a direção do FC Porto condenou os desacatos e assegurou que ia recorrer "aos meios que tem ao alcance para identificar os responsáveis pelas agressões físicas", mobilizando os vários órgãos sociais para a abertura de processos disciplinares, enquanto o Ministério Público (MP) lançou um inquérito aos incidentes no Dragão Arena.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt