20 jogos e apenas seis golos. As justificações para Pavlidis não marcar tanto como nos Países Baixos
São 20 jogos pelo Benfica em todas as competições esta época, com um total de 1416 minutos jogados e apenas seis golos marcados (3 na I Liga, 2 na Taça da Liga e 1 na Liga dos Campeões). É esta a folha de serviço de Pavlidis até ao momento, uma média de 0,3 golos por desafio, número modesto para um avançado que foi contratado por 18 milhões de euros e que na temporada passada ao serviço do AZ Alkmaar fez 33 golos em toda a época.
Analisando as últimas cinco temporadas do avançado internacional grego, e com os golos marcados nos primeiros 20 jogos pelos clubes que representou, este é um dos piores arranques de Pavlidis, só comparável a 2021-22, a sua primeira época no AZ Alkmaar, quando apresentava também seis golos marcados ao final dos primeiros 20 desafios.
Mas o registo atual está longe, por exemplo, dos 16 golos que tinha marcado na temporada passada com o mesmo número de jogos, ou dos 15 da época 2022-23 ao final de 20 jogos pelo AZ Alkmaar.
Em 2019-20, no Willem II, também dos Países Baixos, apontou 11 nos primeiros 20 jogos da temporada. E em 2020-21 tinham sido oito.
Atualmente, os melhores marcadores do Benfica são os extremos Aktürkoglu (10 golos em 16 jogos) e Di María (9 em 19). Já os pontas-de-lança Arthur Cabral e Amdouni, suplentes, registam quatro golos cada, mas com muito menos utilização do que Pavlidis - o brasileiro tem um total de 435 minutos e o suíço 407.
Afinal, quais são as justificações para o fraco rendimento do internacional grego em termos de golos, ele que na pré-época até tinha deixado muito boas indicações, com sete golos em seis jogos, com destaque para os bis apontados ao Fulham e ao Celta de Vigo?
"É, de facto, um número de golos baixo, mas julgo que a principal razão está relacionada com a falta de eficácia, pois ele tem tido oportunidades, mas não as concretiza. Era um jogador com um passado eficaz nos clubes que representou, e eventualmente tem alguma falta de confiança no momento de rematar à baliza, mas acredito que vai ultrapassar esta fase. Não é por a equipa não criar oportunidades para ele, porque o faz, tem a ver com eficácia. Nem está relacionado com o sistema de jogo do Benfica", referiu ao DN Pedro Bouças, treinador e comentador do Canal 11.
O analista de futebol é da opinião que Pavlidis tem um passado goleador no AZ Alkmaar e no Willem II "não tanto pelo estilo de jogo das duas equipas neerlandesas, mas pelas características do campeonato dos Países Baixos". "Há mais espaço, as equipas não jogam de forma tão fechada e isso favorece os avançados. Por outro lado, arrisco dizer que é mais fácil marcar golos na Liga neerlandesa do que na portuguesa", disse.
Para Pedro Bouças, Pavlidis é um avançado completo, que "não se limita a finalizar jogadas, mas também combina bem com os colegas e cria para a equipa". "Por exemplo, o golo que o Aktürkoglu marcou ao V. Guimarães, nasceu de um lance dele. É um avançado forte a criar e a finalizar. Mas de facto não tem estado bem na questão da eficácia. É esse o maior defeito que lhe aponto. Mas olhando para o histórico do Pavlidis, creio que quando ganhar confiança as bolas vão começar a entrar", finalizou Bouças.