O prazo foi avançado esta terça-feira pelo presidente do conselho de administração do CCB, Elísio Summavielle, no final da apresentação da temporada cultural 2019/2020 deste centro cultural em Lisboa.."O concurso está a decorrer, estamos na fase final de avaliação de propostas e espero que, se tudo correr bem, até ao final do ano seja assinado o contrato da subcessão do direito de superfície dos terrenos", disse..Em causa está a análise da única proposta candidata ao projeto, apresentada pela construtora Mota-Engil, e a comissão criada para o efeito terá ainda de avaliar se são cumpridos todos os requisitos do caderno de encargos, tendo marcado nova reunião de deliberação para 3 de outubro..Se for dada luz verde àquela empresa construtora e o contrato for assinado ainda este ano, Elísio Summavielle explicou que, em 2020, entrarão já para os cofres do CCB os primeiros 300 mil euros de renda anual.."O que está previsto é: até ao início da exploração da unidade hoteleira, das lojas e dos escritórios, são 300 mil euros/ano. A partir do momento em que entre em exploração, são 900 mil euros/ano", disse..Em 2018, numa entrevista à agência Lusa a propósito dos 25 anos do CCB, Elísio Summavielle afirmava que a conclusão dos módulos 4 e 5 do centro cultural era uma das suas prioridades e grandes ambições, até ao final do mandato..A concessão para um hotel e espaço comercial tem como objetivo finalizar o projeto arquitetónico original, dos arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado, mas está relacionado também com a necessidade de a Fundação CCB ter mais recursos financeiros próprios.."A construção do hotel dará ao CCB um rendimento mais simpático que nos irá permitir ter uma ambição maior na programação, a tal internacionalização que um equipamento de excelência destes deve fazer, e colocar Lisboa no mapa das grandes atrações performativas da Europa", sustentou na altura Elísio Summavielle, na entrevista à Lusa..Hoje, o administrador manteve o otimismo sobre a prossecução do projeto, dizendo que, "se tudo correr bem", e depois de ultrapassado o "trabalho invisível" de procedimentos, licenciamentos, autorizações e sondagens arqueológicas prévias, as obras poderão arrancar no final de 2020 e a conclusão verificar-se em 2023..Segundo Summavielle, o projeto terá sempre de cumprir tanto os direitos de autor como o projeto arquitetónico dos arquitetos do CCB.