Das pulseiras da amizade ao merchandising. O concerto de Taylor Swift está a chegar
A contagem decrescente está a chegar ao fim. Faltam poucas horas para a cantora norte-americana Taylor Swift subir ao palco no Estádio da Luz, amanhã e sábado. Durante três horas de concerto, os fãs vão poder viajar por 18 anos de carreira e 10 diferentes álbuns.
Os Swifties (nome que se dá aos fãs de Taylor Swift), há muito que se preparam e contam os dias para os dois espetáculos. Ana Lia Moura, de 26 anos, é uma fã que começou a fazer as chamadas “pulseiras da amizade” já em outubro de 2023. Atualmente tem cerca de 150 pulseiras para trocar com outros Swifties nos dois dias de concerto. A troca das pulseiras da amizade começou com uma digressão de Taylor Swift nos Estados Unidos, depois do lançamento da música You’re on Your Own, Kid, na qual a letra diz “make the friendship bracelets” (faz as pulseiras da amizade). E desde então, as pulseiras são quase “obrigatórias” entre os fãs mais devotos.
(Rita Chantre / Global Imagens)
Ana Lia Moura está também a terminar os detalhes das roupas que irá usar. Os fãs da cantora escolhem os seus looks p ara o concerto consoante os seus álbuns preferidos. “No primeiro dia, vou com uma roupa inspirada no [disco] Red, que é mais ou menos uma imitação do que ela usa no concerto. E no segundo dia, vou com um fato inspirado no álbum Reputation”, explicou a jovem em conversa com o DN.
Ana começou a ouvir Taylor Swift quando tinha 8 anos, altura em que a americana apareceu no filme de Hannah Montana (2009) da Disney. “Acabo por me identificar com várias músicas, porque há realmente uma música da Taylor para todas as situações da vida. Acho que é bom perceber que alguém também passa por essas situações e não estamos sozinhos, de certa forma”.
Já para Cristina Oliveira, de 25 anos, os espetáculos de Lisboa serão o quarto e o quinto concerto de Taylor Swift a que assiste. No seu currículo de Swiftie já tem três concertos em Paris e mais tarde ainda irá a Londres.
Começou a gostar de Taylor Swift com 7 anos, conta que imprimia as letras das músicas em inglês e português e ainda hoje tem um dossier com os álbuns impressos. “Os meus pais ficavam chateados porque gastava os tinteiros todos lá em casa. Recorda ainda que nessa altura os pais não tinham possibilidade de lhe comprar os álbuns dela ou mesmo produtos de merchandising. “Agora que trabalho, consigo fazer isso por mim e decidi que utilizar as minhas férias para isto. Inicialmente só ia ao primeiro concerto, em Paris, que foi o primeiro na Europa, mas acabei por aproveitar que estava por lá e comprei para os outros dois dias de concertos”, explica ao DN, acrescentando que faz todo sentido porque os concertos acabam sempre por ser diferentes entre si.
Ao todo, Cristina gastou cerca de 1200 euros , em bilhetes, alojamento e respetivas viagens. “Estive um ano a juntar dinheiro para isso. Mesmo antes de ela anunciar a digressão, supus que ia anunciar datas para a Europa e comecei a preparar-me alguns meses antes.”
Também tem as suas pulseiras da amizade, ao todo são 60, para trocar com outros fãs nos concertos de Lisboa. Curiosamente, conta, que os fãs, em Paris eram muito tímidos no momento da troca das pulseiras. “Foi um bocado complicado, porque eles não estavam muito abertos a isso. Estavam um pouco chateados porque estavam muitas pessoas de outros países para o concerto”.
“O que eu gosto mesmo nela é a mensagem e a emoção que transmite. Consigo reconhecer-me na pessoa que ela é e naquilo que ela pensa”, acrescenta.
Da Finlândia para Lisboa. Tudo para ver Taylor Swift
Rita Chantre / Global Imagens
Em frente à carrinha do merchandising de Taylor Swift - que abriu ontem no Parque Mayer -, Anni Huovinen, de 24 anos, Pietari Vehreävesa, de 24, Emmi Huovinen, de 22, e Meri Piirainen, de 21, experimentavam as sweatshirts que acabaram de comprar. Os quatros vieram da Finlândia para o concerto de amanhã. “Aproveitamos as férias para vir a Portugal e ver a Taylor Swift. Tentámos ir à Suécia que era mais perto, mas não conseguimos bilhetes ”, explicou Anni Huovinen.
Com as inevitáveis pulseiras de amizade nos pulsos, cada um com 20, estão prontos para os momentos de troca com os outros fãs. Anni Houvinen explica que começou a fazer a sua roupa para usar no concerto em agosto do ano passado. Vai usar um vestido inspirado no body que Taylor Swift usa na primeira parte do concerto. Já Pietari Vehreävesa irá com um casaco de ganga feito pela amiga Anni , baseado no álbum Reputation. Emmi Huovinen irá também vestida a partir do tema Reputation e Meri ainda não decidiu: sabe sim que terá a ver com o o mais recente álbum, The Toured Poets Department (2024).
Para o concerto, estão a planear chegar ao Estádio da Luz por volta das 10.00 da manhã. “Prevê-se um dia mais quente e estamos com medo. Como somos da Finlândia, não estamos habituados ao sol e a calor”, explicou Anni.
No mesmo local, encontramos Ana da Cunha, de 27 anos, com os amigos Nélio Pereira, de 26, e Miguel Rodrigues, de 28, também comprar merchandising. Para Ana da Cunha , Taylor Swift tem sido uma companhia sobretudo nos momentos mais difíceis da sua vida. “É como ter uma amiga mais velha que nos entende, só que através das músicas. É bom ver alguém conhecido que é uma pessoa genuinamente boa. Além disso, ela também é obcecada pelos seus gatos, tal como eu que adoro o meu”, acrescentou.
Ana da Cunha, Nélio Pereira e Miguel Rodrigues.
(Rita Chantre / Global Imagens)
Há dias que o Centro Colombo, tem um Swiftie Spot, um local, na praça central do centro comercial, onde os fãs da artista podem fazer as pulseiras da amizade, gravar vídeos com acessórios e ver exemplos de roupas para o concerto. Nos dias dos concertos o espaço terá maquilhadores disponíveis para os fãs.
(Rita Chantre / Global Imagens)
Rita Chantre / Global Imagens | Rita Chantre / Global Imagens
Depois de fazer um vídeo no local, Sofia Ferreira, de 16 anos, conta ao DN que vai ao concerto de sábado com a mãe. “Desde bebé que ouço as músicas da Taylor Swift, porque a minha mãe sempre as ouviu”, conta. Para Sofia, o que mais gosta em Taylor é a forma como se expressa: “Diz o que muita gente pensa, mas não tem coragem de dizer.”