"Crepúsculo" está de volta, agora contado do ponto de vista do vampiro Edward

Novo livro de Stephenie Meyer, 15 anos depois do início da saga de sucesso que foi adaptada também ao cinema, chega esta quarta-feira às livrarias portuguesas, em simultâneo com a publicação original.
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Em 2008, depois dos primeiros 12 capítulos inacabados de Sol da Meia-Noite terem acabado na Internet, a autora norte-americana Stephenie Meyer pôs de lado o projeto. Mas agora, 15 anos depois de ter sido publicado o primeiro livro da saga Crepúsculo nos EUA, a versão dos acontecimentos do ponto de vista do vampiro Edward Cullen e de como se apaixona por Bella Swan vai finalmente ver a luz do dia.

As 752 páginas de Sol da Meia-Noite, editado em Portugal pela Asa, chegam às livrarias portuguesas esta quarta-feira, um dia depois da publicação nos EUA. Numa entrevista ao The New York Times, Meyer contou que achava que já ninguém tinha interesse na história. Contudo, quando anunciou a publicação, em maio, o seu site acabou bloqueado, tal a avidez dos fãs em conhecerem mais pormenores.

""Isso é realmente lisonjeiro, mas também angustiante", disse Meyer na entrevista. "Tenho a certeza de que as pessoas não vão conseguir ter exatamente aquilo que pensam que vão ter conseguir. Por causa de todo o tempo que passou, elas criaram nas suas cabeças o que pensavam que seria e ninguém pode responder a esse tipo de expectativa", acrescentou.

Se em Crepúsculo -- que deu início à saga de sucesso de mais três livros (Lua Nova, Eclipse e Amanhecer) que foram adaptados a cinco filmes com Kristen Stewart e Robert Pattinson nos principais papéis -- a história é contada do ponto de vista da adolescente, em Sol da Meia-Noite é a voz do vampiro que se ouve.

"O tempestuoso encontro entre Edward Cullen e Bella Swan deu origem a uma das mais icónicas histórias de amor de sempre. Mas até agora, apenas a voz de Bella se fizera ouvir. Os pensamentos mais íntimos de Edward permaneceram um enigma tão fascinante quanto o seu olhar. Sol da Meia-Noite desvenda por fim esse mistério. Agora é Edward quem se nos revela. E à medida que conhecemos o seu passado e a complexidade da sua mente, a assombrosa ligação entre os amantes transforma-se em algo totalmente novo e bastante mais sombrio", lê-se na apresentação da editora.

Questionada sobre o porquê de editar agora a nova versão da história de sucesso, Meyer explicou ao The New York Times que o faz porque acabou finalmente o livro, admitindo que foi difícil escrevê-lo e que teve que lutar com cada palavra. "Edward é um personagem muito ansioso. Escrevê-lo deixou-me ainda mais ansiosa e essa é uma das razões por que foi tão difícil estar nesta história. A ansiedade combinada com a minha era potente", indicou.

Segundo a autora, as melhores partes para escrever foram as que Bella não está e Meyer não estava presa aos diálogos que já escreveu para Crepúsculo, permitindo revelar um pouco mais de quem é Edward. um vampiro com mais de cem anos com vários homicídios no seu currículo.

Esta não é a primeira vez que Meyer revisita Crepúsculo, tendo em 2015, no décimo aniversário da primeira edição, publicado uma versão em que há uma troca de géneros entre os protagonistas. Em Vida e Morte, o adolescente Beaufort Swan apaixona-se pela vampira Edythe Cullen.

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