Carlos Moedas anuncia abertura do Pavilhão Julião Sarmento a 4 de novembro

Carlos Moedas anuncia abertura do Pavilhão Julião Sarmento a 4 de novembro

O pavilhão Julião Sarmento, em Belém, será inaugurado a 4 de novembro, anunciou esta quinta-feira o presidente da câmara de Lisboa. Carlos Moedas informou também a futura abertura de um museu com a coleção de arte da câmara que tem sido adquirida nos útimos anos.
Publicado a
Atualizado a

Nos Paços de Conselho num encontro com os jornalistas Carlos Moedas fez um balanço dos futuros projetos e atividades culturais da cidade, dois meses após ter assumido a pasta da Cultura na autarquia. O presidente da autarquia adiantou que o Pavilhão Julião Sarmento será inaugurado a 4 de novembro – e terá a direção artística da curadora Isabel Carlos -, vai dar a conhecer uma coleção de grande qualidade, “com obras de artistas nacionais e internacionais".

O antigo armazém de alimentos na Avenida da Índia, em Belém, transformado depois num Pavilhão Azul, vai receber o espólio do artista que nasceu precisamente a 4 de novembro 1948 (e que morreu em 2021). A coleção irá incluir obras dos portugueses Joaquim Rodrigo, Álvaro Lapa, Eduardo Batarda, Jorge Molder, Rui Chafes, João Vieira, Rui Sanches, Pedro Cabrita Reis, Fernando Calhau, entre outros. E também artistas internacionais, entre os quais Andy Warhol, Marcel Duchamp, Robert Frank, James Turrell, Jeff Wall, Wolf Vostell, Cindy Sherman.

Novo museu com coleção da CML

Carlos Moedas indicou também que a a coleção municipal de arte contemporânea, que tem vindo a ser expandida com aquisições recentes, como tem acontecido na ARCOlisboa, irá ter um espaço próprio a partir do próximo ano, onde coleção ficará em exposição.

"A ideia é ter um museu para estar permanentemente expostas num polo museológico. Já há uma equipa que está a definir e a escolher o melhor sítio que poderá ser junto das galerias municipais", disse o autarca.

Teatro Variedades reabre a 5 de outubro

Após obras de reabilitação o Teatro Variedades, no Parque Mayer, vai reabrir a 5 de outubro, avançou Carlos Moedas no mesmo encontro com os jornalistas. "A reabertura do Teatro Variedades vai juntar companhias independentes que não têm 'casa' e que não têm nada a ver umas com as outras. Vamos lá ter os Artistas Unidos, o teatro de revista, etc.", disse o presidente da câmara de Lisboa. De acordo com Carlos Moedas, a programação do Teatro Variedades vai ser feita em articulação com os espaços culturais da zona, nomeadamente o Capitólio e o Cinema São Jorge, "fomentando um núcleo muito ativo para o universo do teatro, cinema, música e espetáculos".

Por sua vez, a companhia Artistas Unidos que tem de abandonar este mês o Teatro da Politécnica, onde estavam instalados desde 2011 por não renovação do contrato com a Universidade de Lisboa, ainda não tem nova casa. Carlos Moedas explicou que ainda não há uma "solução definitiva", mas diz estar a "trabalhar muito no sentido de encontrar uma solução definitiva"."Temos andado a ver mil espaços", disse Carlos Moedas, lembrando ainda que o ideal era voltar ao espaço inicial da companhia no Bairro Alto, o antigo edifício do jornal d'A Capital

Câmara vai criar programa de apoio ao setor dos media

No mesmo encontro, Carlos Moedas anunciou que vai criar, através da empresa municipal Lisboa Cultura (ex-EGEAC), um programa de estímulo ao setor dos media, conteúdos e jornalismo, dando uma bolsa a novos projetos jornalísticos "em papel e digital". O autarca revelou que o projeto será apresentado em setembro com todos os pormenores, adiantando agora tratar-se de um programa de "apoio direto aos jornalistas e ao jornalismo clássico no papel e ao digital".

"Não é subsidiar, é apoiar produtores de conteúdos digitais e o jornalismo em si. Será um prémio/bolsa a novos projetos relacionados com a realidade da cidade de Lisboa e projetos culturais", explicou Carlos Moedas.

*com Lusa

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt