A vencedora, Carla Louro, ao centro, foi anunciada numa sessão ma livraria Buchholz, em Lisboa, esta quarta-feira, dia 20 de outubro.
A vencedora, Carla Louro, ao centro, foi anunciada numa sessão ma livraria Buchholz, em Lisboa, esta quarta-feira, dia 20 de outubro.Foto: Leonardo Negrão

Carla Louro vence primeira edição do Prémio de Poesia Nuno Júdice

Júri do prémio promovido pela editora Dom Quixote distinguiu 'Entra-se na Casa pelo Pátio', "um livro íntimo, feminino e muito emotivo, embora nunca sentimental".
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Havia 222 originais candidatos ao Prémio de Poesia Nuno Júdice, entre eles o Entra-se na Casa pelo Pátio, assinado com o pseudónimo de Clara Fazenda, que foi o escolhido pelo júri e será publicado pela editora Dom Quixote, promotora do prémio, em março de 2026. O vencedor foi anunciado esta quarta-feira, numa sessão na livraria Buchholz, em Lisboa.

Clara Fazenda é na realidade Carla Louro, nascida em Santarém em 1969 e arquiteta na Câmara Municipal de Abrantes. Entre os seus poetas preferidos está precisamente Nuno Júdice, o poeta que morreu em março de 2024, em honra do qual foi criado o Prémio, e também Ana Luísa Amaral e Adília Lopes.  "Há sete anos que pensava reunir os seus poemas num livro, mas só se atreveu a fazê-lo ao ver o anúncio do Prémio de Poesia Nuno Júdice", revela a editora em comunicado.

Entra-se na Casa pelo Pátio marcará a estreia literária de Carla Louro.  O júri desta primeira edição do Prémio de Poesia Nuno Júdice fala em "livro íntimo, feminino e muito emotivo, embora nunca sentimental, bem como de uma poesia clara, mas não simplista. É ainda importante referir que o texto é de uma extraordinária contenção, sobretudo tendo em conta a sua grande profundidade».

Também destaca a originalidade, numa obra "onde não faltam analogias e metáforas aparentemente simples, mas que se revelam inesquecíveis e fulgurantes". Por exemplo, aquelas que "se relacionam com as linhas, que tão depressa são as linhas do poema ou as linhas dos cadernos em que se escreve como são as linhas de coser".

O júri foi presidido por Maria do Rosário Pedreira, poeta e editora, e incluiu ainda Cecília Andrade, editora da Dom Quixote e dos livros de Nuno Júdice, Ricardo Marques, poeta, tradutor e investigador, Filipa Leal, poeta e jornalista, e Sandra Mendes, editora da LeYa.

A vencedora, Carla Louro, ao centro, foi anunciada numa sessão ma livraria Buchholz, em Lisboa, esta quarta-feira, dia 20 de outubro.
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