Carlos Alberto Moniz, depois da aparição no “Zip-Zip” a acompanhar Ana Maria Teodósio, estreou-se nas gravações com “Açores”, que são quatro temas tradicionais açorianos, seguindo-se: “Daremos mãos” (Single) e “Estátua falsa” (EP). Nestes anos, integrou o grupo Efe 5, gravando dois discos em formato Single: “Rosa, roseira” e “Baleizão”. Maria do Amparo também esteve no “Zip-Zip" e casou-se com Carlos Alberto Moniz no ano em que integraram o grupo Improviso e concorreram, com “Cantiga”, ao “X Grande Prémio TV da Canção” (1973). Editaram um LP e dois EP, um dos quais com “Trevo de Maio”. Esta última canção foi interpretada, a solo, por Maria do Amparo e venceu a última edição do popular festival realizado na Figueira da Foz, o que lhes deu um prémio de 35 contos. O disco é uma edição da Zip-Zip, com arranjos e direção de orquestra de Pedro Osório e gravação nos Estúdios Musicorde. A fotografia da capa é de Carlos Gil. O poema fala da necessidade de olhar em frente e com esperança: “Vieste e abriste as portas / Trazias um sorriso em cada mão / Teu corpo viveu as horas mortas / Saído da sombra do chão / Voaste numa espiga de vento / Guardavas no peito a amargura / Trazias a dor no teu pensamento / Canções da vida dura / E pisaste as pedras do caminho / Encontraste povo no olhar / As crianças ergueram os braços / A cantar // A terra inteira girou numa volta / Todos quiseram vir dançar na rua / O mês de Maio durou todo o ano / Falou-se da palavra que era tua // Do relvado de uma vida / Aproveitaste o trigo verde / E a seiva que restava ainda / Deste aos outros para matar a sede”.