Zola, Cézanne e Chocolate brilham no novo cinema francês

Unifrance, uma montra dos próximos filmes gauleses para distribuidores e imprensa estrangeira, revela tendências
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França é o segundo maior exportador de cinema do mundo. O governo francês exulta com o facto e todos os anos, em janeiro, celebra-se uma indústria cinematográfica que chega ao mundo inteiro. A Unifrance, projeto governamental que aposta na promoção do cinema francês, convidou cerca de 300 distribuidores e centenas de jornalistas internacionais para mais uns Encontros do Cinema francês. Mathieu Amalric, Isabelle Huppert, Tahar Rahim e Sophie Marceau foram algumas das estrelas desta semana promocional que levantou o véu sobre os próximos filmes made in France que vamos ver este ano.

Cézanne et Moi, de Danièle Thompson (O Lugar Ideal, 2006) é talvez uma das grandes apostas do ano. Uma grande produção da Pathé com Guillaume Canet e Guillaume Gallienne, em que se recria a amizade entre o escritor Emile Zola (Canet) e o pintor Cézanne (Gallienne). A imprensa viu excertos do filme ainda em pós--produção e percebe-se a ambição deste projeto. Um épico sobre uma relação entre dois génios ao longo de décadas. A Pathé fechou o Museu d"Orsay e fez uma visita guiada com centenas de convidados pelos corredores do espaço onde estão expostos alguns dos quadros do pintor, tendo também convidado os atores e os distribuidores internacionais para um jantar-festa pela noite dentro. Sinal de um investimento para aquele que promete ser um dos possíveis blockbusters do cinema francês este ano.

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Aposta mais arriscada é Chocolat, de Roschdy Zem, com Omar Sy. Mais uma história verdadeira que acompanha o palhaço Chocolate, o primeiro artista negro de circo, que nos finais do século XIX fez furor em França. Se por um lado o elenco tem um dos atuais ídolos franceses, Sy (o ator de Amigos Improváveis), a questão sobre o preconceito racial pode afastar um público mais jovem. Apesar de todos os anos acontecerem sucessos franceses nos diversos mercados internacionais, é seguro que algum do mais comercial cinema francês apenas faça mais sentido no mercado doméstico. Chocolat não é à partida um potencial blockbuster internacional...

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