Yes he can. E se Obama virar treinador de basquete?
Bill Walton foi campeão universitário pela UCLA em 1972 e 1973, foi campeão da NBA em 1977 (e MVP - jogador mais valioso - da final ao serviço dos Portland Blaizers) e em 1986 (Boston Celtics). A camisola 32 foi retirada dos Blazers (há 30 anos) e dos Bruins, da UCLA, e está imortalizado no Hall of Fame de basquetebol do Hall of Fame dos Desportos de Oregon desde 1993. E no Hall of Fame da UCLA desde, 1996, seis anos depois de ter sido considerado um dos 50 melhores jogadores da NBA.
Hoje, é um dos mais influentes comentadores de basquetebol dos Estados Unidos, construindo uma reputação intocável, apimentada pela frontalidade que gerou várias controvérsias, a partir de 1990 (fez um intervalo devido a um problemas nas costas entre 2009 e 2012, comentando em part time na televisão dos Sacramento Kings nas temporadas 2010/2011 e 2011/2012. Em 28 anos, passou pelas principais cadeias do país - CBS, NBC, ABC e ESPN, à qual está ligado atualmente.
Na passada quinta-feira, durante a transmissão de um jogo, lançou um desejo em forma de desafio a alguém, também ele, muito influente e com fortes ligações ao jogo da bola ao cesto. O anterior ocupante da Casa Branca, o 44.º POTUS (President Of The United States). Durante o jogo Bruins vs Stanford, o companheiro de emissão Dave Pasch perguntou-lhe quem devia pegar numa ferida no orgulho UCLA: mau início de época ditou despedimento do treinador Steve Alford e nomeação provisória do assistente Murry Bartow a 31 de dezembro. Resposta pronta de Walton: "Barack Obama".
Perante o ceticismo do colega, o pai do treinador dos LA Lakers (Luke Walton, nascido em 1980, está à frente da poderosa franquia desde 2016), Bill falou à Obama-yes-we-can. "Continuas a dizer que não acreditas, mas porquê?. Por que és tão negativo? Por que é que simplesmente recusas? O cunhado treinou. Mantenho-me esperançado em Barack Obama até que ele diga que não".
Obama ainda não se pronunciou, pelo que Bill Walton pode continuar a acalentar a esperança. Apenas se sabe, desde 2016, que manteve conversas com um grupo empresarial proprietário de uma equipa da NBA, através de um dos seus assessores de imprensa.
E será que Obama pode? O antecessor de Donald Trump tem uma forte ligação ao basquetebol, falando sempre aberta e efusivamente dos Chicago Bulls, a equipa da sua cidade. E fazendo questão, durante os dois mandatos na Casa Branca (2009-2013 e 2013-20017), de ter uma televisão na sala oval para seguir o "March Madness". Ou seja, as finais do campeonato universitário em março, que tem dezenas de milhões de seguidores nos Estados Unidos.
Aliás, Obama é conhecido pelos prognósticos quanto aos vencedores da competição, o campeonato NCAA (National Collegiate Athletic Association ou Associação Atlética Universitária Nacional). Além do mais, criou-se uma história familiar quando ainda namorava Michele Robinson, a atual Mrs. Obama - Michele contou-a no recentemente editado livro de memórias "Becoming - A minha história".
O irmão Craig Robinson, que treinou a Universidade de Brown e de Oregon State, é vice presidente dos New York Knicks. E fez um teste ao então candidato a cunhado: convidou-o para um jogo de basquete para avaliar se Obama era, ou não, uma pessoa de caráter e se servia para casar com a irmã Michelle.
"Não era egoísta", confessou Robinson. "Mostrou caráter no campo. Pediu faltas e admitiu as que cometeu. Tens de respeitar os rapazes com quem jogas, eles tomam as decisões certas. Ele fez tudo isso. Pude voltar à minha irmã e dizer-lhe: ele parece-me um gajo muito bom. A melhor coisa sobre o jogo é que ele não me passava a bola apenas porque eu era o irmão da namorada", explicou.
Tendo passado o teste do caráter no basquetebol e sendo um adepto entusiasmado, Obama até já teve uma experiência como treinador. Em 2011, ajudou a treinar a equipa da filha Sasha. Será que Obama, que cobra valores milionários para discursar em eventos para a elite (como aconteceu em Portugal o ano passado), vai considerar ceder ao coração (de adepto) em vez de continuar a sua caminhada política e cívica (enchendo os bolsos de caminho? Yes he can. Não é?
MASCULINOS
2009: Obama escolheu North Carolina (campeão: North Carolina)
2010: Obama escolheu Kansas (campeão: Duke)
2011: Obama escolheu Kansas (campeão: Connecticut)
2012: Obama escolheu North Carolina (campeão: Kentucky)
2013: Obama escolheu Indiana (campeão: Louisville)
2014: Obama escolheu Michigan State (campeão: Connecticut)
2015: Obama escolheu Kentucky (campeão: Duke)
2016: Obama escolheu Kansas (campeão: Villanova)
2017: Obama escolheu North Carolina (campeão: North Carolina)
2018: Obama escolheu Michigan State (campeão: Villanova)