William e Harry recordam o último telefonema de Diana antes do acidente

Príncipes lamentam ter apressado a conversa para poderem continuar a brincar com os primos. Em documentário, os dois falam abertamente sobre a morte da mãe, há quase 20 anos
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Num documentário da ITV que será emitido segunda-feira na televisão britânica, William e Harry revelam o que sentiram quando souberam da morte da mãe, Diana, e de como tem sido difícil fazer o luto ao longo dos anos.

De acordo com a imprensa britânica, no documentário, que marca os 20 anos da morte da Princesa do Povo - que perdeu a vida num acidente aos 36 anos de idade - os filhos de Diana revelam que se arrependem da última conversa telefónica que tiveram com a mãe antes de ela morrer e recordam como Diana era "a melhor mãe do mundo".

Harry, que tinha apenas 12 anos quando Diana morreu, diz que ela trazia "uma lufada de ar fresco a tudo que fazia". Já o irmão, William, que tinha 15 anos na altura da morte da mãe, diz que a notícia do acidente e de que Diana tinha morrido se abateu sobre ele "como um terramoto".

Diana morreu no dia 31 de agosto de 1997, num acidente de automóvel em Paris. Naquele dia, William e Harry estavam com a família real em Balmoral, a propriedade da rainha na Escócia, e quando falaram ao telefone com a mãe quiseram apressar a conversa para voltar à brincadeira com os primos. "O Harry e eu estávamos desesperados para dizer adeus, até logo, vamos andando. Se soubesse o que iria acontecer de certeza que não tinha sido tão indiferente. Mas aquela conversa telefónica pesa-me na memória", confessou William.

Já Harry, por sua vez, revelou que cresceu a pensar que não ter mãe "era normal" e recorda que, quando ocorreram as cerimónias fúnebres, ficou estupefacto com a reação das pessoas. "Como é que tantas pessoas que nunca conheceram esta mulher, a minha mãe, podem estar a chorar e mostrarem mais emoção do que aquela que estou a sentir?", diz ter questionado.

No documentário, os dois irmãos são filmados a folhear um álbum privado com fotografias nunca vistas de Diana - algumas agora trazidas a público - e, num momento mais leve da conversa, recordam como Diana era uma mãe "divertida" que lhes dizia que podiam ser travessos, só deviam ser "apanhados".

William revela mesmo que, um dia, Diana convidou três supermodelos para casa como surpresa para ele. "Ela planeou que a Cindy Crawford, Christy Turlington e Naomi Campbell estivessem à minha espera no cimo das escadas quando voltasse da escola. Eu tinha 12 ou 13 anos e posters de todas elas na parede. Fiquei encarnado e não sabia o que dizer, acho que me atrapalhei e caí nas escadas quando ia subir. Fiquei completamente aterrorizado", recorda.

O filho mais velho do príncipe Carlos conta ainda que a mãe lhe comprava postais embaraçosos para ele ler em frente aos colegas da escola. "Era uma criança", acrescenta Harry.

William, que já tem dois filhos, George e Charlotte, revela ainda que mantém viva a memória da "avó Diana" e que constantemente fala nela aos netos.

Apesar da conversa aberta e sincera, os filhos de Diana disseram aos jornalistas que este documentário foi a primeira e última vez que falaram sobre a mãe nestes termos. "Não o faremos outra vez. Não falaremos tão aberta e publicamente sobre ela outra vez, porque temos esperança de que este filme dê o lado dos amigos próximos e da família que ainda não tinham conhecido, daqueles que a conheciam melhor e daqueles que querem proteger a memória dela e recordá-la como a pessoa que era", disse William, acrescentando: "Vinte anos depois, Harry e eu sentimos que era o momento apropriado para nos abrirmos um pouco mais sobre a nossa mãe".

O documentário, Diana, Our Mother: Her Life and Legacy - em português, "Diana, a nossa mãe: vida e legado" - vai para o ar no dia 24 de julho às 21:00 na ITV.

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