A Comissão Europeia multou o grupo Volkswagen (Volkswagen, Audi e Porsche) e a BMW em 875 milhões de euros, após concluir que estes fabricantes automóveis formaram um cartel no domínio da redução das emissões de óxido de azoto..A investigação levada a cabo pelo executivo comunitário concluiu que estes fabricantes alemães, assim como a Daimler, infringiram as regras da União Europeia sobre práticas anticoncorrenciais ao conluiarem sobre desenvolvimentos técnicos no domínio do controlo de emissões para os carros a gasóleo entre junho de 2009 e outubro de 2014, não tendo a Daimler sido multada dado ter revelado a existência do cartel a Bruxelas..A Comissão revelou que todas as partes reconheceram o seu envolvimento no cartel e concordaram em resolver o caso através de um acordo, tendo por isso o grupo Volkswagen e a BMW visto as respetivas multas serem reduzidas em 10%, cabendo-lhes ainda assim pagar, respetivamente, 502 milhões e 372 milhões de euros..A vice-presidente executiva responsável pela política de Concorrência, Margrethe Vestager, observou que "os cinco fabricantes de automóveis -- Daimler, BMW, Volkswagen, Audi e Porsche -- tinham a tecnologia para reduzir as emissões nocivas para além do que era legalmente exigido pelas normas de emissões da UE, mas evitaram competir uns com os outros, não utilizando todo o potencial desta tecnologia para ir além do nível de limpeza legalmente exigido".."O cartel é intolerável para nós. É ilegal ao abrigo das regras da UE sobre práticas anticoncorrenciais. A concorrência e a inovação na gestão da poluição automóvel são essenciais para que a Europa possa cumprir as suas ambiciosas metas do Pacto Ecológico. E esta decisão mostra que não hesitaremos em tomar medidas contra todas as formas de cartéis que ponham em risco este objetivo", advertiu..Bruxelas explica que os fabricantes de automóveis reuniam-se regularmente em reuniões técnicas para discutir o desenvolvimento da tecnologia de redução catalítica seletiva, que remove as emissões nocivas de óxido de azoto dos gases de escape dos automóveis a gasóleo através da injeção de ureia..Nessas reuniões, que decorreram ao longo de mais de cinco anos, os fabricantes de automóveis trabalharam em conjunto para evitar competir uns com os outros e ir mais além do que era exigido pela legislação comunitária, "embora a tecnologia necessária estivesse disponível".