Virar a página da incompetência

Publicado a
Atualizado a

Este ciclo político está quase a terminar e o balanço já pode ser feito. O PS foi incapaz, incompetente e instável.

Incapaz porque deixa o país pior do que o encontrou. Fomos ultrapassados por vários Estados europeus que aderiram ao espaço comunitário muito depois de nós. Sem soluções para uma crise sem precedentes na habitação, com falhas graves na recuperação de aprendizagens, incapaz de reformas estruturais, António Costa apresentou apenas a extinção do SEF, que só serviu para branquear Eduardo Cabrita, e a "lei das ordens", igualmente atabalhoada, feita para receber parte dos fundos do PRR.

Incompetente, como é patente na degradação dos serviços públicos. Da saúde (exemplo mais atroz) à educação, dos transportes à justiça. Nos oito anos de António Costa o PS pôs fim ao que funcionava, como a gestão privada em hospitais públicos, ou anunciou formatos impraticáveis, como no acesso a creches.

Instável, ainda mais com maioria absoluta. Houve demissões em série, por casos de ética ou judiciais, conflitos de todo o género, grave tensão social. E casos graves, de Tancos à TAP.

Com arrogância desmedida, António Costa considerou-se acima do escrutínio público. Como demonstrou ao ter atribuído a intervenção no encerramento do debate do Orçamento do Estado, em nome do governo, ao mais incapaz dos ministros.

Este processo orçamental apanhou o chefe do Executivo na sua maior crise política devido ao processo judicial em curso, envolvendo o seu círculo de maior confiança. Mas já no ano anterior havia sinais de decomposição acelerada, também em pleno debate orçamental, quando António Costa teve de exonerar o seu secretário de Estado adjunto, Miguel Alves, sob investigação do Ministério Público, já com acusação formalizada.

A verdade é que "não existe um PS de José Sócrates e um PS de António Costa". Assim falou Pedro Nuno Santos no dia em que apresentou a candidatura. De facto, o problema do PS é estrutural.

É o mesmo PS que ocupou o poder em 21 dos últimos 28 anos. Este PS que governa ininterruptamente desde 2015.

O legado de António Costa está à vista de todos. Um legado de estagnação económica e social e degradação a vários níveis. Degradação do poder de compra, degradação dos serviços públicos essenciais, degradação das instituições. Com a prova final no inaceitável envolvimento do governador do Banco de Portugal como suposto chefe de um governo de recurso e nas tentativas de condicionamento da justiça feitas pelos ainda primeiro-ministro e presidente da Assembleia da República.

A 10 de março abre-se uma janela de oportunidade que não pode ser desperdiçada. É urgente virar a página da incompetência e ter uma nova solução governativa. Capaz, competente e estável. É urgente haver energia reformista. É urgente devolver esperança aos portugueses, prioridade absoluta para a Iniciativa Liberal.

Com menos impostos. Com simplificação fiscal e desagravamento fiscal. Para deixar mais dinheiro nas pessoas, trabalhem por conta de outrem ou sejam profissionais liberais, e nas empresas, criando condições para pôr Portugal a crescer.

Urgem reformas que garantam real acesso aos serviços públicos, como na saúde e na educação, em todos os níveis, sem esquecer as creches. Garantir que os transportes servem mesmo os utentes. Porque "público" significa pessoas e não estatal. São necessários novos modelos, nomeadamente de gestão, para pôr Portugal a funcionar.

É preciso construir um país com visão de futuro e de progresso. De ter Portugal a crescer e a funcionar. Um país de oportunidades e ambição. Um Portugal liberal que só a Iniciativa Liberal propõe.

Líder parlamentar da Iniciativa Liberal

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt