Vasco Lourenço lamenta "inabilidade extraordinária" de Azeredo Lopes
A Associação 25 de Abril (A25A) lamentou esta quarta-feira a "inabilidade extraordinária" do ministro da Defesa no caso que levou à demissão do anterior chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Carlos Jerónimo.
Em comunicado assinado pelo seu presidente, coronel Vasco Lourenço, a A25A apontou "duas hipóteses para justificar "todo este alarido" em torno da admissão pública, pelo subdiretor do Colégio Militar (CM), de que alunos homossexuais são excluídos da escola.
A polémica visou "a criação de justificações para provocar alterações na direção do CM e na chefia do Exército, ou o desviar atenções de escândalos que é preciso esquecer rapidamente...", afirmou Vasco Lourenço.
"Não se esperava é que o ministro [...] desse voz à demagogia e tivesse uma inabilidade extraordinária, mostrando não perceber nada da psicologia dos militares", ao abusar "da sua posição de tutela e procurando intervir diretamente na acão de comando que não lhe compete" quando exigiu a demissão do subdiretor do CM.O
O militar de Abril admitiu depois outro "objetivo a alcançar" com esta polémica como sendo o de "acabar com o CM, como já acabaram com o Instituto de Odivelas".
"Não assistimos à onda de indignação de tudo o que é 'comentador político', como se verificou no caso da ameaça de bofetadas feitas por um outro ministro, no caso o ministro da Cultura" João Soares, adiantou Vasco Lourenço.
A terminar, Vasco Lourenço manifestou ainda o desejo de que "o ministro da Defesa Nacional compreenda de vez que subordinação das Forças Armadas ao poder político não significa subserviência. O que implica, entre outras coisas, o respeito pelas respetivas competências e a não interferência abusiva nas competências dos subordinados".