Vardy contra Rooney em tribunal: quando as mulheres de futebolistas se zangam

Mulheres dos internacionais ingleses desentenderam-se no Instagram e começaram uma batalha legal que teve esta sexta-feira, em Londres, o primeiro episódio em tribunal. Para já, Rebekah Vardy marcou o primeiro "golo"
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Um juiz londrino deu a Rebekah Vardy, mulher do internacional inglês Jamie Vardy, avançado do Leicester, uma primeira vitória no caso de difamação contra Coleen Rooney, mulher do internacional Wayne Rooney (ex-Manchester United e atualmente no Derby County), numa batalha judicial originada por um desentendimento entre ambas na rede social Instagram.

As mulheres, ambas proeminentes membros do grupo de "esposas e namoradas (WAGs)" de futebolistas da seleção inglesa, que ganhou a alcunha de WAGS [acrónimo para "wives and girlfriends"] nos tabloides britânicos, envolveram-se publicamente em acusações de fuga de informação sobre a vida privada da mulher de Rooney para o jornal The Sun.

Numa decisão esta sexta-feira, o juiz do Supremo Tribunal londrino, Mark Warby, considerou que Coleen Rooney acusou "claramente" Rebekah Vardy de ser a responsável por partilhar com o tabloide informações retiradas de publicações privadas da mulher de Wayne Rooney no Instagram.

Na altura, em outubro do ano passado, Coleen Rooney escreveu nas redes sociais que restringiu o acesso à sua conta privada de Instagram ao longo de cinco meses e que isso lhe permitia deduzir que seria Rebekah Vardy a pessoa por trás das fugas de informação que alimentavam o jornal The Sun. A sua "investigação online" ganhou vários elogios de seguidores, que a apelidaram até de "Wagatha Christie".

Mas Rebekah Vardy - que tinha uma coluna de opinião no jornal - negou qualquer culpa, invocando que várias outras pessoas poderiam acessar à conta de Coleen Rooney, e deu mesmo início a um processo por difamação.

A mulher do avançado do Leicester disse ter recebido "níveis muito altos de abuso público após o ridículo" das acusações de Coleen e temeu que o stress causado lhe pudesse provocar um aborto espontâneo, numa altura em que estava grávida. Acrescentou ainda ter tido "sentimentos suicidas" devido aos ataques sofridos.

"Eu não preciso do dinheiro, o que é que eu ganharia a vender histórias sobre ti?", questionou então Vardy, modelo de 38 anos. Agora, em tribunal, o advogado de Rebekah, Hugh Tomlinson, salientou os danos sofridos pela cliente, descrita como uma "vilã" num "ataque difamatório falso e injustificado ... publicado e republicado para milhões de pessoas".

Já o advogado de Rooney argumentou que a publicação viral de Coleen culpava a conta de Instagram de Rebekah Vardy pelas fugas de informação, e não diretamente a modelo.

Mas o juiz Mark Warby decidiu recusar o argumento, frisando que qualquer leitor comum entenderia a conclusão de Rooney ("É ........ a conta de Rebekah Vardy") como um acusação à mulher de Jamie Vardy . A publicação de Rooney não sugere que qualquer outra pessoa, exceto Rebekah Vardy, possa estar envolvido, acrescentou o juiz.

Para já, o juiz Warby ordenou que Rooney pague quase 26.000 euros pelos custos iniciais do processo.

O porta-voz de Rooney reagiu à decisão dizendo que esta em nada altera a posição de Coleen e insistiu que Vardy tinha um "relacionamento" com o The Sun, devido à sua coluna "Secret Wag".

Mas, para já, ambas as partes concordaram em adiar até fevereiro a continuação do processo legal, para uma última tentativa de "resolver diferenças" sem ir a um julgamento final.

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