"Vamos a votos", pede CDS. Governo diz que fez "escolhas claras, diferentes, alternativas"

Debate morno no Parlamento sobre programas de Estabilidade e de Reformas. Centristas insistem em fazer votar os dois documentos do Executivo
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Num debate em que o primeiro-ministro, António Costa, está ausente, coube ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, a defesa das propostas do Governo, nomeadamente no campo do Programa Nacional de Reformas que foi por si coordenado.

No discurso de abertura, Pedro Marques sublinhou que aquele Programa de Reformas quer "criar um Estado melhor, capaz, competente e célere", que não significa "menos Estado". "Não nos conformamos em ter uma dos países mais desiguais da Europa, situação agravada nos últimos anos", sublinhou o ministro, depois de enunciar as principais linhas em que assenta o programa. Pedro Marques sintetizou os documentos com uma expressão que os socialistas têm usado: "Mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade."

Já no período de perguntas e respostas, a bancada do CDS insistiu na necessidade de levar a votos os dois textos. "Se está tão convicto do seu Programa de Estabilidade (PE) e do seu Programa Nacional de Reformas (PNR) porque não levá-los a votos", desafiou Cecília Meireles. A deputada centrista acusou as bancadas dos parceiros parlamentares do Governo: "Estamos perante uma encenação, porque lá fora rejeitam com estridência e aqui vão aprová-lo de forma envergonhada", apontou, referindo-se às bancadas do BE, PCP e PEV. "Ponha fim a esta encenação: vamos a votos!"

Do lado do PSD, Miguel Morgado classificou os documentos, apontando um "PNR que não tem reformas e um PE que só promete instabilidade". Para rematar dizendo que, "quando a realidade corrige o Governo, são os portugueses que pagam". Esta frase levaria a deputada socialista, Hortense Martins, a acusar os anteriores executivos PSD/CDS de terem feito "os portugueses pagar durante quatro anos".

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