Vacina em setembro? Farmacêutica britânica recebeu mil milhões dos EUA

O laboratório garante que será capaz de produzir mil milhões de doses da AZD1222 - o nome da vacina - durante este ano e o próximo.
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A empresa farmacêutica AstraZeneca disse estar pronta para começar a fornecer uma potencial vacina contra a covid-19 já em setembro.

Num comunicado, citado pela BBC, a empresa revelou ter fechado acordos para entregar pelo menos 400 milhões de doses da vacina que tem vindo a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford.

O laboratório garante que será capaz de produzir mil milhões de doses da AZD1222 - o nome da vacina - durante este ano e o próximo.

Os testes iniciais ainda não estão concluídos, mas a AstraZeneca já admitiu que a vacina pode não funcionar.

Aonda assim, a empresa diz-se comprometida com o avanço do programa clínico.

Os cientistas já tinham alertado que uma vacina contra o coronavírus poderia não conferir imunidade total, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, chegou a dizer que uma vacina contra a covid-19 pode nunca vir a ser encontrada.

Existem, no entanto, 80 laboratórios em todo o mundo a trabalhar numa possivel vacina.

Produção da vacina em vários países

A produção da vacina da AstraZeneca não ficará circunscrita apenas a um país, avançou ainda a empresa, indicando que o financiamento chegou do Reino Unido e dos EUA, a quem agradeceu pelo "apoio substancial para acelerar o desenvolvimento e a produção da vacina".

O laboratório disse ter recebido mil milhões da Autoridade Biomédica Avançada de Pesquisa e Desenvolvimento dos EUA (BARDA), uma verba destinada para o desenvolvimento, produção e distribuição da vacina.

"Estamos muito orgulhosos de colaborar com a Universidade de Oxford para transformar o seu trabalho inovador num medicamento que pode ser produzido à escala global", disse Pascal Soriot, presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot.

As empresas farmacêuticas, incluindo também a Moderna e a Sanofi, estão na corrida ao desenvolvimento e produção da vacina contra o novo coronavírus, cujos peritos dizem ser crucial para permitir aos países abrandar o confinamento e as restrições à vida pública.

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