Usou o nome de Clooney para criar marca de moda. Agora foi detido

Há anos que um casal de italianos usava de forma fraudulenta o nome do ator americano. Foram detidos este fim de semana na Tailândia.
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Fez-se passar por George Clooney para criar uma marca de moda e enganar os compradores online durante anos. Usava a imagem da estrela de cinema e até falsificava a sua assinatura. O esquema chegou agora ao fim com a detenção de Francesco Galdelli, de 58 anos, e da mulher, Vanja Goffi, de 45. O casal foi preso este sábado na Tailândia, numa operação conjunta entre as polícias daquele país e a italiana.

Há alguns anos que a tramóia do casal de italianos durava. E além de usarem indevidamente a identidade de Clooney ainda se divertiam com as remessas que enviavam aos clientes online - em vez de relógios, por vezes, expediam pacotes de sal.

Em 2010 George Clooney chegou a ir ao tribunal de Milão testemunhar contra o casal e um cúmplice. Nessa altura foi-lhe apresentada uma pilha de fotografias publicitárias da linha de roupas, bem como documentos supostamente com a sua assinatura. "É falso. Nesta foto estou a fumar e eu não fumo", "falso, eu não tenho um relógio como este", "falso, esta assinatura não é a minha", declarou então o ator norte-americano na audiência.

Durante o interrogatório na Tailândia, Francesco admitiu ter-se passado por George Clooney e ter lançado uma linha de roupas "para enganar as pessoas", anunciou este domingo a divisão policial tailandesa de repressão do crime.

O casal foi detido no sábado numa vivenda luxuosa nos arredores de Pattaya, uma cidade turística com grande predominância de condomínios residenciais para estrangeiros. Foram localizados graças à utilização de um drone.

Os falsos Rolex

Segundo a polícia, o casal era também procurado em Itália por outras fraudes, nomeadamente pela venda online de falsos relógios da marca de luxo Rolex.

Francesco Galdelli e Vanja Goffi - que eram procurados pela Interpol desde 2013 - ganharam o cognome de Bonnie e Clayde italianos, embora o seu modo de atuação fosse muito diferente do casal criminoso americano.

Desde 2014 que o casal vivia na Tailândia sem nunca terem saído do país, informou a polícia, adiantando que antes do início do processo de extradição terão que responder em tribunal pelas leis da imigração.

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