Usar a visibilidade social para defender igualdade de género
Filha de um sociólogo que durante muitos anos trabalhou na Comissão para a Igualdade de Género e debatia o tema frequentemente em casa, é com "orgulho" e "uma enorme responsabilidade" que Mariana Monteiro encara a sua nomeação como champion da igualdade de género. A nomeação feita pelas Nações Unidas, no final do ano passado, surge para assinalar os 20 anos da Plataforma de Pequim para a Ação, criada durante a Conferência das Nações Unidas sobre a Igualdade de Géneros, que se realizou na capital chinesa.
Com a associação a este movimento, a atriz de 26 anos espera que a visibilidade que tem no país a ajude "a consciencializar as pessoas, fazer que elas se apercebam do que é realmente ser feminista e tentar lutar por uma igualdade de género". E Mariana já escolheu as batalhas que vai travar ao longo deste ano em que foi chamada a ser uma das vozes da campanha. "Os meus alertas têm de surgir contra a violência doméstica, que é um problema real do nosso país - se calhar até é o assunto que mais nos afeta. E depois as diferenças salariais e no acesso aos cargos porque, mesmo a nível político, os cargos são maioritariamente conquistados por homens."