Urgências de Obstetrícia. Abrantes e Beja com condicionamentos no fim de semana

As Urgências de Ginecologia e Obstetrícia de Abrantes e Beja vão estar condicionadas durante o fim de semana por falta de médicos ao serviço. Doentes urgentes serão transferidos para unidades de saúde próximas.
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A Urgência de Ginecologia e Obstetrícia (UGO) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), localizada na Unidade de Abrantes (distrito de Santarém), vai estar condicionada desde as 9:00 de sábado até às 9:00 de segunda-feira, informou a instituição.

O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) acrescenta que "irá garantir o transporte das utentes em ambulância, com toda a segurança e o acompanhamento de um enfermeiro especialista da instituição".

Em resposta à Lusa, o CHMT esclarece que, durante este período, a UGO de Abrantes "não receberá doentes urgentes transportadas por ambulância".

"As grávidas e utentes com patologia ginecológica urgente que se desloquem ao Serviço de Urgência de Ginecologia-Obstetrícia do CHMT serão transferidas para outras unidades do SNS da região, num quadro de articulação e funcionamento em rede, que envolve o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo", afirma.

O CHMT acrescenta que "irá garantir o transporte das utentes em ambulância, com toda a segurança e o acompanhamento de um enfermeiro especialista da instituição".

"Durante todo o período de contingência, o Serviço de Urgência de Ginecologia-Obstetrícia do CHMT será assegurado por uma equipa de profissionais de saúde, constituída por um médico obstetra, três enfermeiros especialistas, entre outros elementos (como assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica), contando também com o apoio dos Serviços de Cirurgia Geral e de Anestesiologia, que prestarão cuidados de saúde circunscritos a situações de risco de vida iminente", sublinha.

Segundo o CHMT, "esta equipa está preparada para dar resposta pronta a situações de emergência inadiável -- que incluem, por exemplo, a realização de uma cesariana de emergência, ou outra condição de risco de vida iminente, como um parto prematuro, ou uma hemorragia pós-parto".

"Reafirma-se que o CHMT, os hospitais da região, a ARSLVT -- Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, e o CODU/INEM se mantêm em estreita articulação, para garantir o normal funcionamento das urgências das maternidades da região", conclui.

Fonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) indicou que o Serviço de Ginecologia/Obstetrícia do hospital de Beja vai estar encerrado entre as 08:00 e as 20:00 de sábado.

Nesse período, segundo um aviso publicado no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e consultado pela Lusa, vai estar acionado para este serviço o plano de contingência nível 4, o mais grave, que encerra o serviço e implica a transferência de todas as utentes internadas por falta de médicos de serviço.

Contactado pela Lusa, o diretor clínico da ULSBA, José Aníbal, explicou que durante o período em que é acionado o nível 4 do plano de contingência "não há urgência nem há serviço" de Ginecologia/Obstetrícia.

O responsável explicou, no entanto, que as utentes internadas, "em princípio", vão permanecer no hospital, através da "visita" ao serviço por um médico residente em Beja.

"Em princípio, nós vamos conseguir mantê-las, como é um período de 12 horas [encerramento do serviço] à custa de um médico que mora em Beja e vai fazer a visita das utentes", disse.

O diretor clínico da ULSBA indicou ainda que, durante o período em que os serviços estão encerrados, as utentes devem recorrer aos hospitais de Évora ou de Faro.

Desde junho, têm-se sucedido os encerramentos de serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia um pouco por todo o país, por dificuldades em assegurar escalas.

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